Pavel Kroupa defende que essa teoria deve ser actualizada porque, há um século, não havia os métodos de observação que temos agora.
Teoria da Relatividade Geral. Mesmo quem passe ao lado de assuntos relacionados com a Ciência, já se deve ter cruzado com esta designação.
Albert Einstein defendeu em 1915 que um objecto com massa deforma o espaço-tempo circundante.
Foi testada através do desvio da luz de estrelas próximas do Sul, quatro anos depois, durante um eclipse solar total.
É considerada a teoria padrão da interação gravitacional, lembra a Casa das Ciências.
E se a teoria do alemão estiver errada?
Pavel Kroupa, professor de astrofísica, repetiu no El Confidencial que está na altura de actualizar a teoria da relatividade geral – porque temos mais e melhores métodos de observação do que há um século.
O que vemos à nossa volta em forma de átomo é apenas 5% de toda a energia que existe no Universo. O restante da matéria do Universo: 20% de partículas exóticas de matéria escura e 75% (ou mais) de energia escura ainda mais exótica. Estes são os números seguidos pelos astrofísicos, pelos especialistas, na generalidade.
Mas estamos à procura de matéria escura há pelo menos 30 anos; e não a encontramos. Quem a encontrar, vai ganhar um Prémio Nobel.
Tem-se tentado perceber porque as estrelas situadas na borda externa de galáxias espirais se moviam (bem) mais rapidamente – e foi proposta a existência de uma substância invisível, que “empurrasse” as estrelas a nível da gravidade.
No entanto, Pavel Kroupa assegura que a matéria escura não existe mesmo.
Lembrou um teste realizado em 1943, por Subrahmanyan Chandrasekhar, que mostrou que um corpo maciço que se move por um fundo de partículas de massa comparativamente baixa passa por uma redução, uma desaceleração.
Pavel e a sua equipa testaram essa teoria: olharam para os cálculos de Chandrasekhar, compararam diversas galáxias – e nada de desaceleração. Pelo contrário, houve uma aceleração medida que as galáxias se aproximavam.
E nenhuma evidência de matéria escura.
As galáxias comportam-se como se estivessem nuas, ou seja, como se não possuíssem os enormes e maciços halos de partículas de matéria escura que a teoria prevê.
Por isso, continua o especialista, o modelo defendido por Einstein é “inválido”. Não descreve o Universo real. Porque nem existe matéria escura.
Daí, de acordo com Pavel Kroupa, ser preciso estabelecer uma nova Teoria da Relatividade Geral.
No entanto, o caminho da investigação tem sido o inverso: incentivar a procura pela matéria escura e ignorar explicações alternativas.
Pavel Kroupa defende o desenvolvimento de uma teoria baseada na dinâmica newtoniana modificada (MOND, em inglês): incorporar nos estudos de Isaac Newton dados de galáxias que não existiam nos tempos de Newton e de Einstein. Estudar o mesmo mas com outros métodos, mais actualizados, modernos.
Mais um a querer reinventar a roda.
As democracias dão nisto. Toda a gente acha que pode dizer o que lhe vai na cabeça e não respeitam nada. Há uma regra que até agora tem prevalecido e que mais cedo ou mais tarde se confirma: Einstein estava certo.
O facto de não existir matéria negra ou energia escura não significa que Einstein esteja errado. Basta que a matéria esteja em dimensões que não sabemos como aceder e lá volta Einstein a ter razão.
Os cientistas antes de lançarem estas narrativas para o ar deviam ser mais humildes e pensarem na dimensão da nossa ignorância que ainda ninguém faz a mais pálida das ideias o que é a gravidade.
Têm de enviar o PAR Português falar com o homem lol
O PAR sabe tudo…
A TRG não está errada, está incompleta.