Após anos de luta, a cantora norte-americana Taylor Swift comprou de volta os direitos de autor das gravações originais dos seus primeiros seis álbuns — e é finalmente dona de tudo o que fez: cada álbum, cada canção, cada era.
Os Swifties têm razões para celebrar. Nesta sexta-feira, Taylor Swift anunciou que é agora a proprietária das gravações originais dos seus primeiros seis álbuns, após anos a tentar comprá-las sem sucesso.
Numa carta publicada no seu site, Swift explica que conseguiu adquirir as versões originais dos álbuns da Shamrock Capital, a empresa de private equity que em 2020 tinha comprado as gravações ao empresário musical Scooter Braun por cerca de 275 milhões de euros.
Na emocionante carta, Swift descreve a aquisição das suas gravações originais como um sonho tornado realidade, dizendo-se “infinitamente agradecida” à Shamrock Capital por conduzir o negócio de forma justa e por lhe oferecer a primeira oportunidade que alguma vez teve de comprar a sua própria música.
“Para eles foi um negócio, mas eu senti realmente que eles viram o que significava para mim: as minhas memórias, o meu suor, a minha caligrafia e décadas dos meus sonhos”, escreveu Swift.
Uma batalha difícil, mesmo para uma bilionária
Depois de duas décadas em que por várias vezes teve “a cenoura pendurada e depois arrancada”, Swift admite que quase deixou de acreditar que algum dia seria proprietária das gravações originais.
“Mas isso tudo é passado agora. Tenho desatado a chorar de alegria desde que descobri que isto está realmente a acontecer. Eu posso realmente dizer estas palavras: toda a música que alguma vez fiz… agora pertence… a mim“, escreve a cantora norte-americana.
Em 2019, Braun adquiriu a Big Machine, juntamente com os direitos dos álbuns que Swift tinha gravado na editora independente. Após a aquisição, Swift afirmou que não tinha sido consultada sobre o negócio, e que tinha sofrido “bullying incessante e manipulador” por parte de Braun, recorda a Fast Company.
“É uma pena saber que agora não poderei ajudar a desenvolver o futuro destas obras passadas e dói-me profundamente estar separada da música que passei mais de uma década a criar”, disse Swift depois de o negócio ter sido tornado público.
Uma atualização sobre o estado de Reputation
Enquanto lutava para recuperar o controlo da sua própria música, Swift decidiu regravar os álbuns de que tinha perdido os direitos. Em 2021, começou a lançar atualizações “Taylor’s Version” do seu catálogo, tendo lançado regravações de Fearless, Red, Speak Now e 1989, acompanhadas por canções inéditas.
Os fãs ansiosos por notícias de que Swift tinha terminado a regravação do seu sexto álbum de estúdio, Reputation, têm muito para celebrar, mas ainda terão de esperar. No seu anúncio, Swift revelou, “com total transparência”, está a menos de um quarto do processo.
“Para ser perfeitamente honesta, é o único álbum dos primeiros 6 que pensei que não podia ser melhorado ao refazê-lo. Não a música, nem as fotos, nem os vídeos. Por isso fui adiando“, escreveu Swift, acrescentando que está satisfeita com uma regravação já finalizada do seu álbum de estreia.
“Esses dois álbuns ainda podem vira a ressurgirm quando o momento for certo… mas se acontecer, não será com tristeza e desejo pelo que gostaria de ter tido”, escreve Swift. “Agora, será apenas uma celebração“.
