Taxa de vacinação completa no distrito de Bragança superior à média nacional

Daniel Leal-Olivas / EPA

A taxa de vacinação completa contra a covid-19 no distrito de Bragança é superior à média nacional, com 19,3% da população com duas doses, enquanto no país o valor é de 13,5%, segundo dados oficiais.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste divulgou hoje que 24.136 pessoas já têm a vacinação completa, o que corresponde a 19,3% dos pouco mais de 124 mil habitantes dos 12 concelhos do distrito de Bragança.

Já no que se refere a primeiras doses, a cobertura na região é inferior à média nacional, com 28,5% contra 31,3%, mas no global de doses administradas o distrito de Bragança acompanha o ritmo nacional com cerca de 47% da população com, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19.

De acordo com os últimos dados divulgados pela ULS, já foram administradas 83.559 doses de vacinas no distrito de Bragança. Estes números incluem 35.287 pessoas com uma dose e 24.136 com as duas doses.

O distrito de Bragança registava no último boletim oficial, de segunda-feira, 35 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus, a maioria dos quais (30) no concelho mais populoso, o de Bragança.

Os restantes casos dividiam-se por Macedo de Cavaleiros, com dois, e os concelhos de Vimioso, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor, com um registo.

Portugal registou mais de 5.660 suspeitas de reações adversas

Mais de 5.660 suspeitas de reações adversas à vacina contra a covid-19 foram registadas em Portugal e houve 35 casos de morte comunicados em idosos com várias doenças, mas não está demonstrada a relação causa-efeito, segundo o Infarmed.

De acordo com o último relatório a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, datado de sexta-feira (14 de maio), foram notificadas 5.665 reações adversas, a maior parte (72,9%) referentes à vacina da Pfizer/BioNtech, com 4.129 casos, seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 1.234, e a da Moderna, com 302.

O Infarmed sublinha, contudo, que “as reações adversas (RAM) notificadas não têm necessariamente uma relação causal com a vacina administrada”.

Os dados do Infarmed indicam que por cada 1.000 doses administradas foram comunicadas 1,34 reações no caso da Pfizer, 1,05 no caso da AstraZeneca (Vaxzevria), 0,66 referentes à Moderna e 0,05 à vacina da Janssen.

No total de 4.655.370 doses administradas, o Infarmed registou 35 notificações de casos de morte em idosos com outras comorbilidades e em que não está demonstrada a relação causal com a vacina administrada.

“Estes casos ocorreram maioritariamente em idosos que apresentam condições de saúde mais frágeis (alguns com diversas comorbilidades). A vacinação contra a covid-19 nestes grupos não reduzirá as mortes por outras causas, que continuarão a ocorrer”, sublinha o Infarmed.

Foram igualmente registados outros 2.418 casos graves e 3.212 não graves, refere o Infarmed, sublinhando que muitas das reações adversas a medicamentos classificadas como graves se referem a “casos de incapacidade temporária”.

A maioria das reações notificadas ao Infarmed foram registadas em mulheres e, por faixas etárias, aquela que mais notificações tem é a dos 30 aos 49 anos.

As 10 reações mais notificadas referem-se a casos de dores musculares/articulares (2.620), cefaleias – dor localizada na cabeça ou na região superior do pescoço – (1.717), febre (1.566), astenia/fraqueza/fadiga (965), náuseas (672), tremores (587), linfadenopatia (512), ou seja, alterações/aumento dos gânglios, eritema/aczema/rash (406) e parestesias (400), ou seja, sensação de formigueiro ou picadas.

No relatório, o Infarmed lembra ainda que a vasta maioria destas reações adversas a medicamentos “são observadas em geral em qualquer processo de vacinação”.

ZAP // Lusa

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