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O que é o stress térmico, que ameaça a saúde dos trabalhadores?

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Se a temperatura for maior do que 32 graus, o desempenho do trabalhador pode cair para metade. E nem é preciso estar ao sol.

As temperaturas muito altas, que têm batido recordes no planeta, fizeram regressar as conversas sobre clima ou seca.

Mas pouco se fala sobre o stress térmico.

A Organização das Nações Unidas lembra que o calor também interfere com quem está a trabalhar.

Sobretudo em empregos ao ar livre: construção civil, pedreiras, agricultura, pesca, bombeiros…

Diversos factores contribuem para este balanço térmico positivo entre o corpo e o exterior: calor acentuado, temperatura, humidade, radiação solar e velocidade do ar.

Os sensores presentes na pele, ao detectarem as diferenças de temperatura entre os dois meios, informam o hipotálamo para que este inicie o processo de vasodilatação, que permitirá que uma maior quantidade de sangue flua nos vasos superficiais, explica a Safemed.

Nesta sequência, a temperatura da pele aumenta gradualmente, propiciando uma maior dissipação de calor, através da sudorese.

A exposição prolongada e sistemática ao ambiente mais quente mexe com as pessoas.

Origina normalmente estes sintomas: alterações comportamentais e de humor, distracção, fadiga física, diminuição do ritmo de trabalho, desmotivação, diminuição do grau de concentração e aumento do absentismo.

E pode originar problemas mais graves: choque térmico, colapso térmico, desidratação e desmineralização. E, por consequência, menor capacidade mental, diminuição da destreza e aumento do tempo de reacção.

Em situações extremas, o choque térmico pode mesmo matar uma pessoa.

No geral, a concentração e o ritmo de trabalho diminuem. Por isso, é preciso parar mais vezes, gastar menos energia no trabalho e limitar o tempo de exposição ao Sol, diminuindo o horário de trabalho.

É uma questão mais problemática para os trabalhadores independentes: menos trabalho, menos dinheiro a entrar em casa.

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, reforça este problema chamado stress térmico. Que tem vindo a crescer.

A saúde do trabalhador está no topo das prioridades mas a quebra na produtividade também afecta empresas e a economia em geral.

Se uma pessoa estiver a trabalhar sob temperatura acima dos 24 graus, a produtividade já não é a mesma. Mas se a temperatura for acima dos 33 graus, a produtividade pode descer para metade.

A OIT considera que horários de trabalho, rotinas, equipamentos e regulamentações podem ter que mudar.

E a mesma organização avisa: não é preciso estar ao sol para ocorrer stress termico; uma fábrica que não esteja devidamente ventilada, ou quando há o uso maquinaria pesada ou vestuário de protecção, podem originar o mesmo problema.

ZAP //

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