Uma recente escavação feita no “Stonehenge alemão” revelou novas evidências de que aquele local foi utilizado para rituais de sacrifício humano.
Um antigo monumento circular de madeira na Alemanha, semelhante – tanto em idade, como em aparência – ao famoso Stonehenge, no Reino Unido, pode ter sido um local de sacrifícios humanos. Localizado na cidade de Pömmelte, no leste do país, este monumento fica a cerca de 136 quilómetros de Berlim.
Os arqueólogos alemães André Spatzier e François Bertemes fizeram escavações no sítio arqueológico de Ringheiligtum Pömmelte e, entre machados de pedra e ossos de animais, encontraram também corpos desmembrados de dez mulheres e crianças.
Quatro corpos mostraram sinais de traumatismos crânio-encefálicos e fraturas em costelas que ocorreram antes da morte, escreveram os arqueólogos na revista Antiquity.
O esqueleto de um adolescente foi encontrado com as mãos amarradas e todos os corpos foram descobertos em posições que sugeriam que tinham sido atirados para poços de sepulturas.
“Não está claro que esses indivíduos foram mortos durante um ritual ou se a morte resultou de conflitos intergrupais, como a invasão”, esclarecem os investigadores, citados pelo Mental Floss. Certo é que estes corpos contrastavam com as sepulturas de 13 indivíduos, do sexo masculino, que foram enterrados de forma respeitosa.
São estas diferenças de tratamento de géneros visíveis no “Stonehenge alemão” que torna possível o cenário de ritual de sacrifício humano.
À semelhança do famoso Stonehenge, em Inglaterra, o Ringheiligtum Pömmelte é um monumento circular sagrado, formado por cercas circulares e sepulturas feitas de madeira. Este local foi descoberto em 1991, mas as escavações que permitiram retirar estas conclusões só tiveram início recentemente.
Os arqueólogos acreditam que os povos antigos construíram este monumento durante a transição do período Neolítico para a Idade do Bronze, por volta de 2300 a.C.. Os especialistas sugerem que este local tenha servido como um centro de poder da elite e utilizado em cerimónias religiosas da altura.
Por volta de 2050 a.C., no fim da principal ocupação humana da região, este monumento terá sido destruído durante um ritual. De acordo com a Fox News, os postes de madeira foram preenchidos com oferendas e queimados, para, posteriormente, as cinzas serem enterradas.
O local foi reconstruido e aberto ao público em 2016.