Investigadora da Universidade do Minho utiliza algoritmos para combinar modelos hidrológicos e imagens de satélite.
O projeto chama-se “Trees4Water” e é de Cláudia Carvalho-Santos, investigadora portuguesa.
A especialista do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da Universidade do Minho é a responsável por uma startup que quer mexer com o mercado da água.
A empresa de consultoria ambiental servirá avaliar a pegada de água (quantidade e qualidade) das empresas e sugerir medidas de mitigação – através de créditos de água, como plantar árvores junto a cursos de água ou patrocinar a gestão da floresta.
Para esta tarefa, a cientista – que também é membro da rede europeia Ecosystem Services Partnership – usa algoritmos para combinar modelos hidrológicos e imagens de satélite, calculando assim a pegada hídrica das empresas em termos de quantidade e qualidade.
Se essa pegada hídrica for elevada, as empresas podem mitigá-la através dos tais créditos de água, contabilizados com a plantação de floresta ou o apoio à sua gestão.
Depois, os agentes fornecedores destes créditos (proprietários agroflorestais públicos e privados) colocam os seus créditos disponíveis numa plataforma e a “Trees4Water” irá mediar um esquema de incentivos e pagamentos, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
O conceito do mercado da água é baseado no mercado de carbono, que neste caso incentiva à redução das emissões de gases de efeito estufa.
Está ideia venceu recentemente o concurso nacional “H2O & Sustainability Innovation Hub”, na categoria “PhD & Researchers”. Terá direito a 7 mil euros para apoio na mentoria e criação daquela startup.
A start-up está à procura de investidores e concursos de aceleração. Nesta fase inicial quer chegar a diversas empresas do Minho e do Douro Litoral, avançando depois para o resto do país.