O Sporting igualou hoje a maior vitória para o campeonato de futebol no estádio da Luz, ao impor-se por 3-0 numa casa onde o treinador Jorge Jesus viveu nova jornada de glória, mas com a ‘camisola errada’.
Perto de 65.000 espetadores assistiram incrédulos à eficácia da equipa ‘leonina’, que em pouco mais de meia hora marcou três golos ao bicampeão nacional, através de Teo Gutiérrez, aos nove minutos, Slimani, aos 21, e Bryan Ruiz, aos 36, sentenciando o dérbi da oitava jornada da I Liga ainda antes do intervalo.
O Benfica sofreu a terceira derrota no campeonato, em sete jogos – uma vez que tem o encontro com o União da Madeira em atraso – e está já está a oito pontos do invicto Sporting, que se isolou na liderança da prova e fica agora à espera que o perseguidor FC Porto ‘tropece’ na receção ao Sporting de Braga.
O Sporting, que não vencia no Estádio da Luz há nove anos, desde 2006, quando se impôs por 3-1, igualou o seu melhor resultado no recinto benfiquista (4-1 em 1938/39 e 1947/48), impondo aos ‘encarnados’ a primeira derrota desde 02 de março de 2012, dia em que o FC Porto venceu por 3-2 em Lisboa.
Depois de se ter imposto na Supertaça Cândido Oliveira, por 1-0, Jorge Jesus venceu o segundo ‘round’ frente à sua antiga equipa, pela qual conquistou três títulos nacionais em seis épocas, num jogo que foi menos inflamado do que seria previsível, depois da guerra de palavras e processos judiciais que o antecedeu.
O Benfica apresentou o mesmo ‘onze’ que perdeu por 2-1 na quarta-feira com o Galatasaray, para a Liga dos Campeões, mantendo-se o avançado mexicano Raúl Jiménez ao lado do goleador Jonas, em detrimento do grego Mitroglou, e Sílvio na posição de lateral direito, em substituição do lesionado Nélson Semedo.
No Sporting assistiu-se ao regresso à normalidade depois de várias poupanças na partida da Liga Europa frente ao Skenderbeu, com o costa-riquenho Bryan Ruiz a regressar ao ‘onze’ após dois jogos de ausência devido a lesão e João Pereira a recuperar o lugar de lateral direito, que parecia ameaçado por Esgaio.
Com os extremos ‘trocados’ – Gonçalo Guedes no esquerdo e Gaitán no direito -, o Benfica pareceu querer assenhorear-se do jogo nos minutos iniciais, mas a primeira investida ‘leonina’ resultou no golo inaugural, logo aos nove minutos, por intermédio de Teo Gutiérrez.
O avançado colombiano, que tinha apenas um golo marcado no campeonato, beneficiou da assistência perfeita de Adrien e da infelicidade do guarda-redes Júlio César – que afastou a bola contra os pés de Gutiérrez e a encaminhou, lentamente, para a baliza deserta -, num lance nascido de um passe errado de André Almeida.
Jonas errou o alvo pouco depois, numa rara ocasião em que dispôs de tempo e espaço para rematar no interior da área visitante, mas foi o Sporting que aumentou a vantagem, aos 21 minutos, por intermédio de Slimani, já depois de nova ameaça de Bryan Ruiz, que concluiu de cabeça ligeiramente sobre a barra.
O brasileiro Jefferson descobriu Slimani em plena área benfiquista, equidistante entre os centrais benfiquistas – Luisão e Jardel -, e o avançado argelino, segundo melhor marcador da I Liga, com seis golos, nem sequer necessitou de saltar para desviar de cabeça para o fundo da baliza anfitriã.
O Benfica, que ainda procurava recompor-se do primeiro golo sofrido, acusou claramente o segundo golpe e ficou à beira do ‘KO’ ainda antes do intervalo, quando Bryan Ruiz aumentou para 3-0, aos 36 minutos, na recarga a um remate de Slimani, que percorreu, sem oposição, todo o meio-campo ‘encarnado’.
O treinador do Benfica, Rui Vitória, procurou recuperar o equilíbrio do meio-campo com a entrada de Fejsa para o lugar de Eliseu após o intervalo – recuando André Almeida para lateral esquerdo -, mas a bola que as ‘águias’ tiveram durante a segunda parte só pareceu ter sido possível com a anuência do Sporting.
Os ‘assomos’ de Gaitán, ‘estrela’ pouco cintilante dos anfitriões, num remate ao lado, e de Jiménez, que ‘roubou’ a bola a Naldo, mas não conseguiu ultrapassar o guarda-redes Rui Patrício, foram insuficientes para reduzir o peso da derrota e menos ainda para apagar a imagem de uma equipa sem rumo que deixou durante a primeira parte.
O Sporting, mesmo em evidente gestão de um resultado que nem nos melhores sonhos anteciparia, ainda poderia ter marcado o quarto golo, quando Jefferson, isolado perante Júlio César, atirou a escassos centímetros do poste, e, já perto do apito final, quando o atraso desastrado de Luisão foi desviado pelo guardião em cima da linha de golo.
Grande Sporting!!!! Parabéns!!! Fiquei muito contente com este resultado!!!
Viva os Inacios……
No colo, no golo!…
I’m INACIO