Sporting ainda deve 400 mil euros da contratação de Acuña

Miguel A. Lopes / Lusa

O Sporting comprou Marcos Acuña aos argentinos do Racing em julho de 2017. Mais de três anos depois, a SAD leonina ainda deve 400 mil euros ao antigo empresário do jogador.

Marcos Acuña já não está em Alvalade há quase dois meses, depois de ter assinado pelo Sevilha a troco de 10,5 milhões de euros, mas o Sporting CP ainda deve 400 mil euros da sua contratação ao Racing Avellaneda, em julho de 2017. Em causa está a falha do pagamento da segunda prestação da comissão acordada com o então agente do jogador.

De acordo com o jornal Público, o empresário argentino Marcelo Simonian levou o caso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

No acordo entre o Sporting e o Racing, em 2017, estava previsto o pagamento de 6,285 milhões de euros, sendo que o clube argentino receberia mais 3,3 milhões divididos em duas parcelas.

Numa delas, no valor de 1,65 milhões de euros, era referente ao direito de preferência sobre três jogadores do Racing que nunca foi acionado. Na outra, de igual valor, resultaria das receitas de um amigável a disputar entre as duas equipas, que também nunca foi jogado.

“Entendemos que a Sporting SAD não exerceu os direitos adquiridos, quer os relacionados com a ‘preferência sobre jogadores’, quer o relacionado com o ‘jogo amigável’, não usufruindo dos benefícios que daqui poderiam eventualmente ter sido originados”, lê-se na auditoria pedida por Frederico Varandas, em abril do ano passado.

Ao que o Público apurou, foi ideia do Racing dividir o pagamento de Acuña nestas parcelas, de forma a diminuir as verbas que teria de pagar à federação argentina e ao sindicato dos jogadores. Com este mecanismo, escreve o matutino, o Racing acabou por ocultar mais de um terço do valor total do negócio de Acuña.

Para além dos quase dez milhões pagos por Marcos Acuña, o Sporting desembolsou ainda 800 mil euros pela intermediação do agente Marcelo Simonian.

O custo desta intermediação foi dividido em duas prestações de 400 mil euros cada. Enquanto a primeira foi paga em agosto de 2017, a segunda, que deveria ter sido paga no ano seguinte, nunca chegou a ser liquidada.

No dia 4 de dezembro de 2019, o empresário argentino enviou uma intimação aos dirigentes sportinguistas, dando um prazo de dez dias para o pagamento do valor em falta. Sem qualquer resposta dos ‘leões’, Simonian avançou com uma queixa no TAS no dia 4 de fevereiro deste ano.

ZAP //

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