O Sol tem um novo grupo de manchas solares (tão grande que poderia engolir a Terra)

Langkawi National Observatory, MYSA/MOSTI

Surgiram na superfície do Sol dois novos grupos de manchas solares, conhecidos como AR 2993 e AR 2994. Algumas delas são tão extensas que poderiam engolir facilmente o nosso planeta.

As “regiões ativas” 2993 e 2994 (AR2993 e AR2994) cobrem uma área de centenas de milhões de quilómetros quadrados, muito maior do que o diâmetro da Terra.

Segundo o Live Science, são causadas por perturbações magnéticas da fotosfera solar (a camada visível da nossa estrela), que expõe as camadas mais frias que estão por baixo.

Atualmente, encontrámo-nos no Ciclo Solar 25 que ainda não atingiu o pico, pelo que é expectável que possa haver ainda mais atividade por parte das manchas solares no futuro. “Tenho a certeza que veremos maiores [regiões ativas] durante os próximos anos”, disse o físico solar Dean Pesnell, do Goddard Space Flight Center, da NASA.

“As regiões ativas 2993 e 2994 têm tamanho médio e não representam o melhor que o Ciclo Solar 25 pode produzir”, acrescentou o especialista, que acredita que o atual ciclo deverá atingir a sua atividade máxima no final de 2024 ou início de 2025.

A energia das regiões ativas pode ser libertada na forma de radiação, emitida por explosões solares ou por ejeções de massa coronal, formadas por grandes quantidades de plasma a altas temperaturas. Aliás, na semana passada, uma ejeção de plasma relacionada a outro grupo de manchas solares quase atingiu a Terra.

Em declarações ao mesmo portal, Jan Janssens, especialista de comunicação no Solar-Terrestrial Centre of Excellence, em Bruxelas, disse que o Sol esteve bastante ativo nas últimas semanas, um comportamento esperado para a atual fase do ciclo.

“À medida que o Ciclo Solar se aproxima do máximo solar, cada vez mais regiões com manchas solares ficam visíveis, podendo produzir explosões”, especificou.

O Centro de Previsão Meteorológica Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) relatou que o impulso de raios-X do clarão X1, do passado domingo, causou um forte apagão nas frequências de rádio abaixo dos 30 MHz em todo o Sudeste Asiático e Austrália.

Ainda assim, a ejeção de massa coronal do material estelar da mais recente erupção solar não terá sido detetada na Terra.

Quando têm impacto no nosso planeta, estes eventos podem ter efeitos graves nas redes de energia e de comunicações, ou danificar satélites. Até agora, contudo, o mundo parece ter evitado os piores efeitos das tempestades solares.

ZAP //

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