O Sol é amarelo ou branco? Ambos (e nenhum)

BBC

O Sol da série infantil Teletubbies.

Afinal o Sol é amarelo ou branco? O público divide-se na resposta e a ciência não dá razão a ninguém, mas também não os desmente. Confuso?

Quando éramos crianças e fazíamos desenhos, o Sol era amarelo e provavelmente tinha até uma cara sorridente. Escusado será dizer que a nossa amiga estrela não tem um sorriso como víamos nos Teletubbies, mas será que ele é mesmo amarelo?

Este é um debate que tem aquecido a internet nos últimos tempos. Nas redes sociais, há quem defenda que o Sol mudou de cor desde a sua infância. Foi a utilizadora Jacqui Deevoy que divulgou um tweet em que falava como o Sol tinha deixado de ser amarelo e tinha assumido um branco brilhante.

Milhões de interações depois, havia uma clara divisão entre os internautas. Alguns concordavam com Deevoy, enquanto outros argumentavam que a estrela sempre foi branca.

“Estou a dizer a uma pessoa na casa dos 20 anos que o Sol costumava ser amarelo quando eu era criança e ele está a rir-se. A última vez que ele viu um Sol amarelo foi nos Teletubbies. Aqui está o Sol neste momento. Branco e com uma forma estranha. Como é que está onde vocês estão?”, escreveu a britânica.

O The Washington Post recorreu à ciência para procurar dar uma resposta a esta questão. Então, afinal, de que cor é o Sol: amarelo ou branco? Ambos — mas também nenhum.

“O Sol pareceria verde se os nossos olhos aguentassem olhar para ele”, disse ao jornal norte-americano W. Dean Pesnell, cientista do Observatório de Dinâmica Solar da NASA.

“Basicamente, quando olhamos para o Sol, ele tem uma quantidade suficiente de todas as cores diferentes e é tão brilhante que os olhos de toda a gente disparam como loucos e dizem: ‘É demasiado brilhante para que eu possa dizer de que cor é’. É por isso que o Sol nos parece branco”, explicou.

Olhando para ele, o Sol de facto parece branco. Então porque é que muitas pessoas acreditam que ele é amarelo? Pesnell sublinhou que tem a ver com a forma como a luz é dispersa.

As moléculas no ar redirecionam os comprimentos de onda azuis e violetas da luz solar, permitindo que mais comprimentos de onda amarelos e vermelhos atinjam os nossos olhos, escreve o The Washington Post.

Por isso é que perto do anoitecer, a luz do Sol tem de passar por uma atmosfera mais espessa, levando a que mais moléculas dispersem as suas tonalidades azuis e resultando em deslumbrantes exibições de laranjas e vermelhos durante o pôr-do-sol.

Resumidamente, “é uma estrela verde que parece branca porque é demasiado brilhante, e também pode parecer amarela, laranja ou vermelha devido à forma como a nossa atmosfera funciona”. Tudo em todo o lado ao mesmo tempo.

Daniel Costa, ZAP //

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