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Pela primeira vez, um sensor quântico modelar detetou um sinal cerebral

Uma equipa de cientistas da Universidade de Sussex construiu, pela primeira vez, um sensor cerebral quântico modular e usou-o para registar um sinal cerebral. 

Este é um marco importante para todos os investigadores que trabalham com tecnologia de imagem quântica do cérebro, uma vez que os sensores modulares podem ser ampliados.

A equipa conectou dois sensores provando que a análise de todo o cérebro usando este método está ao alcance da ciência. Até agora, este processo não tinha sido possível de executar com os sensores cerebrais quânticos disponíveis nos Estados Unidos.

Os novos dispositivos modulares funcionam como legos, pois podem ser perfeitamente ligados entre si.

A descoberta aumenta o potencial para a análise de todo o cérebro usando a tecnologia quântica e pode representar avanços potenciais para doenças neuro-degenerativas como é o caso do Alzheimer.

O dispositivo, que foi construído no laboratório Quantum Systems and Devices da universidade, usa sensores quânticos ultrassensíveis para captar os menores campos magnéticos de modo a observar o interior do cérebro e captar a atividade neural.

A equipa aplicou os sensores fora do couro cabeludo de um participante, perto do córtex visual do cérebro, e pediu que este abrisse e fechasse os olhos em intervalos de 10 a 20 segundos.

Deste modo, foi possível detetar um sinal cerebral. Segundo o Phys, a ação é muito simples, mas vê-la acontecer requer uma tecnologia quântica extremamente sofisticada.

Thomas Coussens, um dos autores do estudo, explica que o objetivo seguinte é “ampliar o projeto e construir mais sensores para transformá-los num sistema de imagem cerebral inteiro. O método pode fornecer avanços significativos na deteção e fornecimento de tratamento para doenças neuro-degenerativas”.

Peter Krüger, que também esteve envolvido na pesquisa, acrescenta que “ter este sensor é um grande passo para estudos interdisciplinares que envolvem investigadores que vão desde cientistas a engenheiros”.

Por sua vez, Kai Bongs, investigador principal dos sensores e temporização do cubo de tecnologia quântica do Reino Unido, refere que a equipa está muito satisfeita e que este passo vai ajudar “consideravelmente a avançar o ecossistema quântico do Reino Unido”.

O sensor magnético quântico usa um magnetómetro bombeado oticamente dentro de uma proteção magnética para reduzir os campos magnéticos ambientais e garantir que estes não sejam detetados.

ZAP //

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