Senegal. Líder da oposição libertado sob fiança após ser acusado de violação

Aliou Mbaye / EPA

O líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, foi libertado na segunda-feira sob fiança, após ter estado, desde quarta-feira, em custódia policial devido a acusações de violação e perturbação da ordem pública.

A detenção de Sonko desencadeou protestos – pilhagens e confrontos agressivos – em Dacar, onde já morreram pelo menos oito pessoas, segundo dados da Amnistia Internacional, com os apoiantes a exigirem a sua libertação, noticiou o Público.

“Ele vai para casa, ele está livre”, revelou Etienne Ndjone, um dos advogados de Sonko, citado pela Al-Jazeera. Sonko foi acusado de violação por uma massagista de um salão de beleza, mas negou o seu envolvimento no caso.

O líder da oposição classificou a sua detenção como uma tentativa do atual governo de Macky Sall de afastá-lo da mira política. Este último, Presidente do Senegal desde 2012, negou estar ligado nas acusações que atingem o seu opositor.

De acordo com o Público, críticos consideram que há motivações políticas por trás do caso, já que nas presidenciais em 2019, dois outros rivais de Sall sofreram incriminações semelhantes que os impediram de concorrer às eleições.

Yassine Fall, o fundador do Movimento para a Defesa da Democracia do Senegal, indicou ao à Al-Jazeera que “a nossa democracia está em perigo” e que “o governo ordenou a detenção de vários jovens e do líder da oposição sem qualquer razão”.

Devido aos protestos, foi ordenado o fecho das escolas no país até ao dia 15 de março.

Taísa Pagno //

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