O senador brasileiro foi afastado do seu mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a sua detenção, noticia esta quinta-feira a imprensa brasileira.
Segundo a imprensa, o juiz Edson Fachin, que analisa o caso no Supremo Tribunal Federal, não autorizou a detenção, mas decidiu levar o pedido da PGR ao plenário do STF para que todos os juízes decidam em conjunto.
Candidato derrotado nas últimas eleições pela ex-Presidente Dilma Rousseff e atual presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que apoia o Governo de Michel Temer, Aécio Neves foi gravado por Joesley Batista, um dos donos da JBS, a pedir dois milhões de reais (570 mil euros) como suborno.
Parte destas gravações foram divulgadas na noite de quarta-feira pelo jornal O Globo.
Desde o início da manhã a polícia brasileira realiza uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio Neves e outros dois parlamentares supostamente envolvidos com o esquema de pagamento de suborno denunciado pelos donos da JBS.
O Presidente do Brasil também foi gravado pelos donos da mesma empresa, uma das maiores produtoras de proteína animal do mundo, a autorizar um suborno ao ex-deputado Eduardo Cunha.
Joesley Batista disse ao chefe de Estado brasileiro que estava a dar ao ex-deputado e ao operador financeiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão, para ficarem calados.
Segundo o jornal, Temer terá respondido: “Tem que manter isso, viu”.
O deputado brasileiro Alessandro Molon, do partido Rede, já formalizou um pedido de destituição contra o Presidente brasileiro, na Secretaria-Geral da Câmara Baixa do Parlamento.
ZAP // Lusa