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Sementes de rúcula podem ser cultivadas em Marte

20th Century Fox

Matt Damon no filme “The Martian”, de 2015.

Cientistas descobriram que sementes de rúcula podem ser cultivadas em Marte. Esta descoberta pode tornar mais provável a hipótese de um dia colonizarmos o planeta Marte.

O sonho de um dia viver noutro planeta que não a Terra não é novo e move muitas investigações científicas. Agora, sabemos que estamos um pouco mais perto dessa realidade após uma equipa de investigadores ter descoberto que as sementes de rúcula podem ser cultivadas no Espaço.

Marte é o planeta mais habitável do sistema solar e tem sido considerado como um dos principais candidatos à colonização humana extensiva e permanente. Não apenas por estar mais próximo ao nosso planeta, mas também pelas condições da sua superfície, que se assemelham às da Terra.

Através do projeto ‘Rocket Science’, cientistas do Royal Holloway enviaram 2 quilogramas de sementes de rúcula para o Espaço. As sementes passaram seis meses na Estação Espacial Internacional antes de regressarem à Terra. Cá, 600 mil crianças do Reino Unido participaram na experiência de cultivar as sementes e monitorizar o seu crescimento comparativamente com sementes que nunca saíram do nosso planeta.

Desta forma, descobriram que as sementes apenas crescem um pouco mais devagar quando regressam à Terra. Esta descoberta abre portas para a possibilidade de um dia cultivar alimentos noutro planeta.

“O nosso estudo descobriu que uma jornada de seis meses para o Espaço reduziu o vigor das sementes de rúcula em comparação com as que permaneceram na Terra, indicando que os voos espaciais aceleraram o processo de envelhecimento”, disse Jake Chandler, autor do estudo publicado em abril na revista científica Life.

Assim, o cientista afiança que a perspetiva de comer salada caseira em Marte pode estar um pequeno passo mais perto.

“Quando os humanos viajarem para Marte, vão precisar de encontrar maneiras de se alimentar, e esta investigação ajuda-nos a entender algumas das biologias de armazenamento e germinação de sementes, que serão vitais para futuras missões espaciais“, explicou, por sua vez, o astronauta da ESA, Tim Peake.

Segundo o Tech Explorist, durante toda a experiência, os cientistas determinaram os mecanismos fisiológicos e moleculares subjacentes aos efeitos do voo espacial nas sementes secas. O vigor da germinação das sementes foi reduzido e a sensibilidade ao envelhecimento aumentou. No entanto, a viabilidade das sementes não foi comprometida.

A equipa de especialistas também recomenda proteção adicional para manter a qualidade das sementes durante os voos espaciais.

ZAP //

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