Mais de 700 pessoas sem-abrigo saíram das ruas no ano passado

 
“Estamos no rumo certo”, acredita o coordenador da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo.
 
Ao longo do ano passado foram retiradas das ruas mais de 700 pessoas que viviam numa situação de sem-abrigo.
 
Os números provisórios sobre 2021, revelados pela Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), e revelam que há cerca de 9 mil pessoas sem-abrigo no país.
 
No total, esta estratégia 2017-2023 já retirou das ruas quase 1.800 pessoas, ao longo dos últimos quatro anos.
 
“Começamos a ter resultados que nos mostram que estamos no rumo certo para evitar que esta situação aconteça a mais pessoas”, comentou Henrique Joaquim, em entrevista à agência Lusa.
 
Este aumento do número de sem-abrigo retirados tem duas origens: “muitas mais pessoas no terreno” a intervir, a sinalizar e a identificar estas situações, além do aumento “de uma forma brutal” das respostas de acolhimento – há mais de 1.000 vagas protocoladas para acolher estas pessoas.
A maior proximidade com os sem-abrigo é evidente: “Temos um questionário que estamos a aplicar nos últimos quatro anos e no último ano teve uma taxa de resposta de quase 100%, o que quer dizer que se está a conseguir chegar a todos os municípios”.
A maioria das pessoas que vivem nas ruas são homens ainda em idade activa, portugueses, solteiros, com fracos ou nenhuns laços sociais, poucos ou nenhuns rendimentos e com nível de escolaridade bastante baixo. E vivem em Lisboa e no Porto, na generalidade.
Agora a aposta passa também pela prevenção, pelo foco nas causas, para que as pessoas não cheguem a esta situação.

ZAP //

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