210 mil são esperados na capital escocesa. Muitos são forçados a ir “para longe dos seus empregos, da sua escola, da sua comunidade”. Um dos sem-abrigo foi enviado para Newcastle, a 350 quilómetros de distância.
Várias pessoas sem-abrigo foram forçadas a “migrar” temporariamente para cidades como Aberdeen e Glasgow de forma a abrir espaço para a entrada de turistas em Edimburgo.
210 mil fãs são esperados na capital escocesa a 7, 8 e 9 de junho para assistir a um total de três concertos da “Eras Tour” de Taylor Swift, que atuou em Lisboa na passada sexta-feira e outra vez no sábado, no Estádio da Luz.
Uma organização de apoio aos sem-abrigo queixa-se da “tremenda injustiça” que é forçar as pessoas sem-abrigo da cidade a abandonar hotéis onde estavam alojados (na Escócia, as pessoas declaradas sem-abrigo têm a obrigação legal de receber alojamento temporário de emergência, que pode assumir a forma de hotéis).
Apesar de lhes terem sido disponibilizados táxis para os transportar até outras cidades, há casos em que as distâncias exigidas são vistas como absurdas: um dos sem-abrigo foi realojado temporariamente em Newcastle, Inglaterra, a mais de 350 quilómetros de distância da capital escocesa.
“Já recebemos relatos de pessoas à procura de um quarto a quem foi dito que tinham como única opção abandonar a cidade”, confessa a organização Shelter Scotland à BBC News: “Não basta o trauma pelo qual passa uma família sem-abrigo, ainda tiveram que se deslocar para longe dos seus empregos, da sua escola, da sua comunidade”.
A Câmara Municipal de Edimburgo ainda não se pronunciou sobre as alegações, mas já disse antes que disse que “estava a trabalhar com as famílias afetadas para encontrar “alojamento adequado e alternativo”.
O país declarou, em novembro passado, emergência habitacional, com números recorde de sem-abrigo e uma grave escassez de casas para arrendamento social. O alojamento turístico para famílias sem-abrigo é um sintoma dessa “doença”, defende a autarquia.
Idade média em pleno sec. XXI.
Só nos preocupamos com as aparências, o que realmente importa continua por resolver e humanos continuam a viver na merda.