Segurança afectou final da Liga dos Campeões e cancelou WTCR (em casos diferentes)

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James Speakman / EPA

Adeptos do Liverpool

Problemas com bilhetes e adeptos do Liverpool em Paris e muitos danos em pneus cancelaram duas corridas na Alemanha.

A final da Liga dos Campeões, entre Liverpool-Real Madrid, começou quase 40 minutos depois do previsto, neste sábado.

Um cenário raro a este nível – ou mesmo inédito desde que há Liga dos Campeões – e que, num primeiro momento, foi justificado pela UEFA com a chegada de adeptos ao estádio muito perto do início do jogo (21 horas em Paris).

A entidade explicou ainda que “razões de segurança” adiaram o início da final.

O que estava a acontecer é que, no exterior do Estádio de França, havia muitos adeptos – quase todos do Liverpool – a tentar entrar nas bancadas com bilhetes falsos. Alguns subiram mesmo as grades e começaram a correr para o interior do estádio.

A UEFA confirmou, mais tarde, que houve torniquetes que ficaram “bloqueados” por causa de “milhares de adeptos que tinham comprado bilhetes falsos”, que não foram aceites nesses pontos de controlo.

A confusão aumentou quando a polícia local atirou gás lacrimogéneo na direcção de adeptos e o tom subia entre os seguidores que tinham bilhete oficial.

Alguns adeptos passaram horas fora do estádio para conseguir entrar. Começaram a acumular-se grupos de dezenas ou centenas de pessoas, em filas confusas.

O Liverpool comunicou que ficou “extremamente desapontado” com esta situação e pediu uma investigação. “Este é o maior jogo de futebol na Europa, os adeptos não deveriam ter de passar por estas cenas”, lamenta o clube inglês.

Terão sido detidas cerca de 70 pessoas.

Pneus na Alemanha

O campeonato mundial de carros de turismo, conhecido por WTCR, também passou por um episódio raro, no mesmo dia, sábado.

Duas corridas estavam marcadas para a paragem em Nürburgring. Mas os organizadores do campeonato cancelaram essas duas corridas.

Também por “razões de segurança”, mas sem adeptos no meio da história: o problema aqui foram os pneus.

Durante os treinos e a qualificação, várias equipas comunicaram que havia danos evidentes nos pneus.

A própria Goodyear, que produz os pneus, admitiu que não conseguiria assegurar que os pneus estavam nas condições desejadas. E ainda não conseguia explicar o que tinha acontecido.

Tiago Monteiro, o piloto português no evento, concordou com esta decisão: “Quando a segurança de todos não está garantida, esta é sem dúvida a melhor solução. É uma decisão difícil de tomar, pois está em jogo muita coisa. Mas é a mais acertada”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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