Italian Police
Rocco Morabito, após ser detido em 2017.
Rocco Morabito faz parte do sindicato de crime organizado ‘Ndrangheta, que faz milhares de milhões de euros em tráfico de cocaína.
O mafioso italiano, um dos fugitivos mais procurados do país e um dos mais poderosos traficantes de droga do mundo, chegou a Roma, após a sua extradição do Brasil, e 28 anos de fuga, segundo avança o The Guardian.
Rocco Morabito estava em segundo lugar na lista dos mafiosos mais procurados e perigosos de Itália. Foi condenado há duas décadas por tráfico de droga como parte do sindicato de crime organizado ‘Ndrangheta, que faz milhares de milhões de euros no negócio da cocaína.
A polícia italiana descreve-o como um dos maiores traficantes de droga do mundo. Morabito, de 55 anos, deve cumprir uma pena de 30 anos de prisão após ter sido condenado por um tribunal de Milão em 2001.
Morabito foi detido em maio de 2021 pela polícia brasileira numa operação conjunta com investigadores italianos e americanos. O mafioso já tinha sido preso no Uruguai em 2017, mas escapou da prisão dois anos mais tarde. A polícia italiana tem andado à procura dele desde 1994.
Os procuradores sublinham que Morabito desempenhou um papel importante no tráfico de cocaína entre a América do Sul e Milão, um ponto-chave de distribuição da droga para ser vendida noutros locais em Itália e em toda a Europa.
Para além do tráfico de droga, Morabito foi também condenado em Itália por associação à máfia. Quando foi capturado em 2017 no Uruguai, Morabito vivia numa casa de luxo numa estância balnear, com um pseudónimo e um passaporte falso brasileiro, de acordo com as autoridades.
Durante a sua prisão num hotel de Montevideo, a polícia também apreendeu uma arma de 9mm, 13 telemóveis e um cofre com dinheiro.
O criminoso mais procurado em Itália é Matteo Messina Denaro, o ainda detentor do poder máximo na Cosa Nostra na Sicília, apesar de ser fugitivo desde 1993.
Nas últimas décadas, a ‘Ndrangheta aumentou o poder da máfia siciliana, espalhando as suas filiais por grande parte da Europa, à medida que lavava o dinheiro da cocaína, e infiltrando-se ou comprando negócios legítimos como restaurantes e hotéis.
