Bacon, champanhe e filmes? O segredo de Creme Puff, a gata que viveu até aos 165 anos humanos

(cv)

Creme Puff

Creme Puff foi uma gata malhada que, segundo o Guinness Book of World Records viveu até aos 38 anos de idade — o equivalente a 165 anos humanos.

Jake Perry tem 85 anos de idade e é natural do Texas, nos Estados Unidos. É pai, marido, canalizador e… detentor do recorde mundial do Guinness para gato mais velho. Aliás, os gatos deste texano já quebraram o recorde por duas vezes.

A primeira vez, em 1998, com um gato chamado Granpa, um cruzamento entre Sphynx e Devon Rex, que chegou aos 34 anos de idade. A segunda, em 2005, com uma gata malhada chamada Creme Puff, que viveu até os 38 anos.

Como um amante de felinos, Perry deu casa a centenas de gatos ao longa da sua vida, apresentando os melhores em concursos.

Granpa e Creme Puff não são os únicos exemplos de longevidade, argumenta o norte-americano. Cerca de um terço dos seus gatos viveu pelo menos 30 anos – cerca de duas vezes a esperança média de vida dos felinos.

Quem também não caminha para novo é o próprio Perry, que conforme a sua vida se aproxima do fim, acredita ter descoberto a fórmula para a longevidade felina.

Além da ração seca para gatos, a dieta dos seus gatos envolve um pequeno-almoço caseiro com ovos, bacon de peru, brócolos, café e – a cada dois dias – um conta-gotas cheio de vinho tinto para fazer “circular as artérias”.

Perry também transformou a sua garagem numa sala de cinema, com um projetor e assentos aconchegantes para os patudos, no qual são exibidos documentários sobre a natureza.

Os gatos de Perry comemoram a Páscoa com cestas e ovos cheios de guloseimas, o Dia de Ação de Graças com peru e a véspera de Ano Novo com pequenos chapéus e uma taça de champanhe.

Por fim, com clichés à parte, o norte-americano de 85 anos jurou que o amor e as relações pessoais próximas ajudaram os seus gatos a viverem mais, conta o Atlas Obscura.

“Eu amo-os”, diz Perry. “E outra coisa: quando vou ao abrigo, o velho coração começa a bater. [Eu vejo-os e penso], eu quero-te”.

“Não é aquilo que nos ensinaram na escola, sabe?”, disse o proprietário da Clínica Veterinária South Congress, Bruce Hardesty, que tem sido o veterinário de Jake Perry nos últimos 15 anos.

Hardesty viu entre 40 e 50 gatos de Perry e acredita que pelo menos seis deles chegaram aos 30 anos, com vários outros a chegarem aos 25.

O veterinário especula que um dos segredos pode ser o café: “Os rins são um dos sistemas mais fracos do gato. Se você lhes der um pouco de diurético, que é o caso da cafeína, talvez isso ajude”.

A maioria discorda. A American Society for the Prevention of Cruelty to Animals considera a cafeína como tóxica para os gatos.

Todos os gatos de Perry são esterilizados, algo que também contribui para a sua longevidade, uma vez que elimina certos riscos de doenças infecciosas. Mas claro, a castração só pode aumentar a longevidade do gato até um certo ponto. O resto continua, de certa forma, por explicar.

Usando uma fórmula de equivalência de expectativa de vida humana no site do Cornell Feline Health Center, 30 anos de gato traduzem-se em cerca de 133 anos humanos.

Como tal, Creme Puff viveu até à idade humana de 165 anos, enquanto Granpa Rexs Allen ficou-se pelos 149 anos.

Perry lida agora com um cancro no pâncreas. Agora, o seu sonho é vender a casa, mudar-se para o campo e abrir um cemitério de animais de estimação. Consigo vão também os cadáveres de 47 dos seus gatos, que estão em caixões de fibra de vidro, enterrados no seu quintal.

Daniel Costa, ZAP //

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