Desforra. Após a derrota por 3-1 que afastou os “dragões” da Taça da Liga, o Porto regressou ao Estádio de São Miguel para pagar com a mesma moeda esse desaire.
Os “dragões” dominaram de princípio ao fim, marcaram em momentos cruciais e não deram qualquer hipótese ao Santa Clara, vergando os anfitriões – pior ataque e pior defesa (7-23) por 3-0. Os golos foram marcados por Sérgio Oliveira e Luis Díaz (2). Os números finais não deixam dúvidas.
Superioridade total
O domínio e superioridade do Porto na primeira parte foram totais. O Santa Clara, não conseguiu lidar com a pressão portista em zonas bem adiantadas, pelo que os visitantes registaram 69% de posse de bola até ao intervalo, bem como 14 remates, cinco enquadrados, 25 acções na área açoriana.
Os da casa tentavam transições rápidas, mas más decisões no processo acabavam sempre por cortar pela raiz as intenções.
Alheio a isso, Sérgio Oliveira aproveitou para marcar aos 42 minutos, num remate colocado de fora da área que ainda bateu no poste. Apesar do golo sofrido, o guarda-redes Ricardo Fernandes era o MVP nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.8, graças a quatro defesas, todas a disparos na sua área.
Primeiro lance de ataque na segunda parte, segundo golo dos “azuis-e-brancos”. Cruzamento teleguiado de Otávio da direita e Luis Díaz, de cabeça, a fazer o 2-0. Um golo que poderá ter provocado um abrandar de ritmo.
O jogo perdeu um pouco de interesse, o Santa Clara pareceu baixar os braços e pior ficou quando Allano viu segundo amarelo e foi expulso.
Com dez, os da casa deixaram de conseguir sair em transição, o Porto passou a controlar o desafio e a gerir o esforço, após jornada europeia. Mas deu ainda tempo para o 3-0, de novo por Luis Díaz, a contornar Ricardo Fernandes antes de facturar.
Melhor em Campo
Exibição tremenda de Luis Díaz. O bis que marcou nesta partida coloca-o no topo dos melhores marcadores da Liga Bwin, com nove golos, e contribuiu decisivamente para o extraordinário GoalPoint Rating de 9.5 que registou no final.
Aos tentos juntou três passes para finalização, dez ofensivos valiosos (o dobro do segundo mais alto), 14 passes aproximativos recebidos (máximo), dez acções com bola na área contrária (valor mais alto) e três dribles completos em cinco.
Destaques do Santa Clara
Ricardo Fernandes 7.0 – Sofreu três golos, mas, ainda assim, foi o melhor dos açorianos. O guardião terminou com sete defesas, todas a remates na sua grande área, três a disparos a menos de oito metros.
João Afonso 6.5 – O capitão do Santa Clara foi dos mais consistentes da sua equipa. As quatro intercepções somadas foram o segundo valor mais alto e os oito alívios o máximo da partida, e ainda fez oito recuperações de posse.
Pierre Sagna 5.8 – O lateral-direito senegalês esteve mal no passe (sete falhados em 13), teve muitas dificuldades para travar Luis Díaz e somou quatro perdas de posse no primeiro terço, mas conseguiu o máximo de intercepções (5, a par de Pepe) e ainda três desarmes.
Destaques do Porto
Sérgio Oliveira 7.9 – Jogo competente do médio, fundamental na pressão bem dentro do meio-campo açoriano, muitas vezes no último terço. Foi ele o autor do primeiro golo, perto do intervalo, num belo pontapé de fora-da-área, a par de Evanilson foi o mais rematador (5), criou uma ocasião flagrante em quatro passes para finalização, somou dez quatro acções defensivas no meio-campo contrário e seis desarmes (máximo).
Marko Grujic 7.8 – Após o brilharete em San Siro, mais um jogo enorme do sérvio. Duelos aéreos foram sete, dos quais ganhou seis, e ainda somou o máximo de acções defensivas no meio-campo contrário (5) e quatro desarmes.
Pepe 7.6 – O central não deu hipóteses na retaguarda, com cinco intercepções e seis recuperações de posse. Mais uma vez destacou-se no passe, com 73 certos (máximo, equivalentes a 90% de eficácia), sendo que completou sete de 11 longos e fez 12 passes aproximativos. Contabilizou o número mais alto de acções com bola (98).
Otávio 7.4 – O Santa Clara pagou caro o facto de ter deixado muitas vezes Otávio completamente solto do lado direito. O criativo fez quatro remates (nenhum enquadrado), duas assistências em quatro passes para finalização, somou oito acções com bola na área contrária, quatro desarmes e outras as tantas acções com bola no meio-campo anfitrião.
João Mário 6.4 – Muito bem a ganhar a linha para cruzar, acção que fez cinco vezes, três com sucesso (ambos máximos do jogo). Dos 43 passes certos (91%), dois foram para finalização e ainda completou três de cinco tentativas de drible.
Evanilson 6.3 – O brasileiro bem tentou marcar, mas não teve êxito, apesar de ter sido um dos mais rematadores da partida, com cinco disparos, três enquadrados. Contabilizou nove acções com bola na área contrária, segundo valor mais elevado.
Zaidu 6.1 – De regresso a um estádio que bem conhece, o nigeriano realizou uma boa partida, com dois passes para finalização, três passes super aproximativos (máximo), quatro conduções aproximativas e três desarmes.
Mehdi Taremi 6.0 – Jogo esforçado do iraniano, que conseguiu fazer uma assistência, mas ficou a zeros em termos de golos. Aliás, rematou apenas uma vez, de forma desenquadrada.
Chancel Mbemba 5.5 – O congolês teve pouco trabalho defensivo, destacou-se nas recuperações de posse (7) e no passe, com 61 passes certos (segundo mais alto).
Francisco Conceição 5.2 – O extremo entrou perto do fim, a tempo de completar os 12 passes que fez, realizar quatro passes ofensivos valiosos e obrigar Ricardo Fernandes a uma das defesas da noite.
Vitinha Ferreira 5.1 – Tal como Francisco, o médio entrou para os minutos finais e para acertar os 15 passes que realizou.
Resumo
// GoalPoint