Santa Casa de Lisboa começa negociações para entrar no Montepio

Mário Cruz / Lusa

Tomás Correia presidiu ao Montepio entre 2008 e 2015

Tomás Correia

A Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinaram, esta sexta-feira, um memorando de entendimento que possibilita a participação da Santa Casa no capital do banco da associação.

“O memorando agora assinado contempla a possibilidade de uma participação da SCML na Caixa Económica Montepio Geral, abrindo o caminho para a participação de outras instituições” no capital do banco, lê-se num comunicado divulgado pelo Montepio.

Entretanto, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informou que realizou um aumento do seu capital institucional, no valor de 250 milhões de euros, o qual foi integralmente realizado pelo Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM).

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CEMG “informa que efetivou o aumento do seu capital institucional, o qual foi integralmente realizado pelo Montepio Geral Associação Mutualista”.

Acrescentou ainda que este aumento foi concretizado pelo MGAM “mediante a entrada de capital institucional, em numerário, realizado a 30 de junho de 2017 [hoje], no montante de 250.000.000 euros, perfazendo o capital institucional de 2.020.000.000 euros”.

Com esta operação, o Montepio Geral Associação Mutualista “garante o reforço dos fundos próprios da CEMG, muito acima das exigências regulamentares das autoridades de supervisão, assegurando um elevado nível de solidez e de suporte ao desenvolvimento da atividade da sua instituição financeira”, refere a MGAM, num outro comunicado.

“É uma iniciativa leal aos nossos princípios. Ao longo de todos os anos da mais profunda crise financeira das nossas gerações, o Montepio prova a sua solidez, através dos seus próprios meios, sem necessidade de recorrer a ajudas públicas e, portanto, não onerando o contribuinte”, afirma António Tomás Correia, presidente do grupo Montepio, citado em comunicado.

“A CEMG está dotada dos meios necessários para o desenvolvimento da sua atividade, de forma estável e sólida. O projeto estratégico de transformação da CEMG na instituição financeira”, concluiu Tomás Correia.

ZAP // Lusa

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