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Ryanair reduz 40% da capacidade de voos em Portugal no inverno

A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou esta quinta-feira uma redução de 40% na capacidade de voos este inverno em vários países, entre os quais Portugal, devido ao impacto da pandemia de covid-19 e queda no tráfego aéreo.

Em comunicado, Ryanair diz que as bases em Cork e Shannon, na Irlanda, e em Toulouse, França, vão fechar para a temporada, de novembro a março, e adianta que vai reduzir significativamente o número de aeronaves em bases na Bélgica, Alemanha, Espanha, Portugal e Viena (Áustria).

A companha detalha que vai reduzir as suas capacidades de voo este inverno para 40% contra os 60% no ano passado. No entanto, operadora pretende manter 65% de sua rede, mas com frequência reduzida.

Em meados de setembro, a companhia irlandesa tinha dito que queria reduzir os seus voos em 20% para outubro devido ao impacto sobre a procura, na sequência das restrições de viagens decididas pelos governos para impedir a propagação da covid-19.

O diretor-geral da Ryanair, Michael O’Leary, culpa a “má gestão dos voos aéreos da União Europeia” para justificar esta redução nos seus planos de voo.

“Será inevitavelmente necessário criar mais licenças sem vencimento e repartição de empregos neste inverno nas bases em que acordamos reduções nas horas de trabalho e salários, mas esta é uma solução melhor a longo prazo do que perdas massivas de empregos”, disse “Infelizmente haverá mais demissões nas poucas bases (…) onde não conseguimos um acordo sobre redução de trabalho e de salários, que são a única alternativa”, disse, sem especificar quais.

O setor de aviação é um dos mais atingidos pela pandemia.

Na terça-feira, as organizações que representam o setor lançaram um apelo global urgente por ajudas governamentais para enfrentar a crise de saúde que continua a esvaziar os cofres das companhias aéreas e aeroportos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

// Lusa

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