Rússia vai revogar ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares

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Mikhail Metzel / EPA

Discurso de Putin nas celebrações do Dia da Vitória

O representante da Rússia na CTBTO afirmou esta sexta-feira que Moscovo irá revogar a sua ratificação do pacto, um movimento que Washington denunciou como colocando em perigo “a norma global” contra explosões de testes nucleares.

O diretor da organização que monitoriza o cumprimento do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), Robert Floyd, alertou esta sexta-feira para o risco de a Rússia abandonar esse acordo internacional, como sugeriu o Kremlin.

O secretário executivo da CTBTO, organização com sede em Viena, refere-se a “informações recentes da imprensa sobre a possibilidade de a Federação Russa revogar a sua ratificação do CTBT”.

Neste contexto, recorda que Moscovo havia apoiado até agora de forma firme o tratado “desde o seu início, e ajudou a negociar o Tratado na Conferência sobre Desarmamento, e subscreveu-o no dia em que foi aberto à assinatura, em 24 de setembro de 1996, para ratificá-lo em junho de 2000″.

A nota assegura que a Rússia continua a desempenhar “um papel importante” no trabalho da organização. Entre outros, abriga “o segundo maior segmento de estações do Sistema de Vigilância Internacional (32 estações) que, graças ao trabalho dedicado de funcionários russos, será concluído este ano”.

“Espero continuar a cooperar estreitamente com a Federação Russa e com todos os Estados que se comprometeram a criar um mundo livre de testes nucleares”, sublinhou Floyd.

O representante da Rússia na CTBTO, Mikhail Ulyanov,  afirmou esta sexta-feira que Moscovo irá revogar a sua ratificação do pacto, um movimento que Washington denunciou como colocando em perigo “a norma global” contra explosões de testes nucleares.

“O objetivo é estar em pé de igualdade com os EUA, que assinaram o Tratado, mas não o ratificaram. A revogação não significa a intenção de retomar testes nucleares”, disse Mikhail Ulyanov, citado pela Reuters.

Embora o CTBT ainda não tenha entrado em vigor, apesar de ter sido ratificado por 178 países, a organização criada em 1996 para fiscalizar o seu cumprimento alcançou parte dos seus objetivos graças ao estabelecimento de um sistema de verificação que impossibilita que uma explosão atómica passe despercebida.

Para isso, a organização conta com uma rede de mais de 300 estações terrestres e marítimas espalhadas por todo o planeta que detetam ultrassom, radioatividade no ar e dados sismográficos com tanta precisão que localizam qualquer detonação significativa, impossibilitando a realização de testes clandestinos.

Segundo Floyd, 32 das estações estão localizadas na Rússia.

Numa entrevista à agência espanhola EFE há um ano, o especialista australiano destacou que o sistema já serviu para impedir testes atómicos, de modo que até agora, no século XXI, apenas a Coreia do Norte os realizou.

Até 1996, ou seja, antes da criação da organização que dirige, mais de dois mil testes com bombas atómicas foram realizados em todo o mundo.

No entanto, para que o tratado entre em vigor e seja vinculativo, ainda faltam ratificações por parte de oito países-chave, incluindo os Estados Unidos, China, Irão, Israel ou Egito.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Este “Ditador Nazi ” sedento por uma hecatombe a nível Mundial antes de bater Ele mesmo a bota (coisa que já tarda) , já não sabe o que inventar para levar até ao Fim a loucura que reina na sua tola e as dos seus lacaios , bem abrigados no Kremlin !

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