Rússia torna-se maior importador mundial de carros de fabricantes chinesas

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Tiggo, uma das marcas mais populares nas concessionárias chinesas na Rússia

Rússia é agora o maior importador de carros chineses, mas não aparece no topo dos destinos de veículos elétricos.

A Rússia tornou-se este ano no principal importador de carros de marcas chinesas, ao adquirir cerca de 287 mil unidades nos primeiros cinco meses de 2023, segundo dados divulgados pela Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM).

“A saída das marcas automóveis ocidentais do mercado russo deixou um nicho que as empresas chinesas conseguiram preencher. Isto combinado com a crescente competitividade dos veículos chineses fez com que a Rússia aumentasse as importações de carros chineses”, explicou o secretário-geral da Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA), Cui Dongshu, citado pelo jornal oficial Global Times.

Os dados difundidos pela CAAM revelam uma grande diferença em relação aos outros dois países que completam o ‘top 3’ de importadores de veículos chineses: o México, com 159 mil unidades, e a Bélgica, com 120 mil.

No entanto, a Rússia não aparece no topo dos destinos de veículos elétricos, dos quais a China vendeu 673 mil para o exterior, entre janeiro e maio. A Bélgica, Reino Unido e a Tailândia foram os principais destinos.

As fabricantes alemãs, japonesas e norte-americanas enfrentam concorrência crescente de marcas chinesas que se estão a desenvolver rapidamente, conquistando participação nos mercados doméstico e globais.

Fabricantes chinesas de veículos elétricos, incluindo a BYD e a unidade Zeekr, do grupo Geely Group, iniciaram as vendas este ano no Japão e na Europa. A Geely também é dona da sueca Volvo Cars e da sua marca de luxo totalmente elétrica, a Polestar.

Estimativas do banco russo Otkritie, citadas pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, apontam para que as vendas de carros chineses possam atingir entre 380.000 e 400.000 unidades na Rússia até ao final deste ano.

As montadoras chinesas têm cerca de 1.500 concessionárias na Rússia, onde nomes como Tiggo, Haval e Geely estão entre as marcas mais populares.

O ministério do Comércio chinês anunciou, em maio passado, mais medidas para promover a exportação de veículos para outros países, uma medida que beneficia da atual fraqueza da moeda chinesa, o yuan, em relação a outras moedas, o que torna mais acessível importar produtos chineses.

Lusa //

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