Estará a Rússia a encobrir uma tentativa de assassinato de Putin?

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EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV / SPUTNIK / KREMLIN

Vladimir Putin

Um drone que despenhou-se nos arredores de Moscovo no início desta semana estava carregado com 17 quilos de explosivos destinados a abater o Presidente russo Vladimir Putin, revelou um jornal alemão.

O Bild, que cita fontes não identificadas, afirmou esta quinta-feira que as autoridades russas estão a tentar manter em segredo o ataque falhado da Ucrânia. O alegado ataque ocorreu no domingo, quando os meios de comunicação russos noticiaram que um drone se tinha despenhado numa aldeia não muito longe do parque industrial de Rudnevo, onde se dizia que o líder russo planeava uma visita.

Ainda não é claro se Putin ia de facto visitar Rudnevo nesse dia. Igualmente incerto é o modo como as autoridades ucranianas, caso tenha havido realmente uma tentativa de assassinato, poderiam saber os movimentos do líder russo.

O ativista ucraniano Yuriy Romanenko escreveu no Twitter, um dia após a queda do drone, que a história era muito mais complexa do que a que tinha sido relatada.

“Na semana passada, os nossos serviços secretos receberam informações sobre a viagem de Putin ao parque industrial de Rudnevo. Por isso, os nossos homens lançaram um drone kamikaze que atravessou todas as defesas aéreas da Federação Russa e caiu não muito longe do parque industrial”, afirmou Romanenko na altura.

As alegações surgem no meio de receios acrescidos na Rússia de que a Ucrânia leve a guerra para território russo, após uma série de ataques com drones nas últimas semanas, noticiou o Daily Beast.

O Comité de Investigação confirmou a explosão após os residentes da segunda maior cidade da Rússia terem inundado as redes sociais com mensagens de pânico sobre a explosão. Os investigadores afirmam que a explosão em Pavlovsk, a cerca de 30 quilómetros de São Petersburgo, foi causada por um “dispositivo não identificado” no local de uma antiga central térmica não utilizada.

“O edifício da antiga central térmica já não existe”, informou a agência noticiosa Fontanka, referindo que no local se pode ver uma cratera com cerca de 6 metros de largura e 1,5 metros de profundidade. O local não fica longe de uma base aérea onde os aviões militares russos são submetidos a reparações.

Um clube equestre próximo também terá sofrido danos devido à explosão. Um trabalhador desse clube disse aos meios de comunicação locais que sentiu a onda de choque da explosão, acrescentando: “Digamos que se tivesse acontecido mais perto, eu não estaria a falar convosco”.

Vários bloguers militares russos pró-guerra sugeriram que a base aérea poderia ter sido o alvo, mas não houve confirmação imediata pelas autoridades policiais.

Houve também um atentado bombista na cidade de Melitopol – que se situa em território ucraniano atualmente ocupado pela Rússia -, onde um agente da polícia apoiado pela Rússia terá sido morto por uma bomba na madrugada de quinta-feira.

Tanto as autoridades ucranianas como os líderes russos na região de Zaporíjia informaram que Alexander Mishchenko, de 42 anos, foi morto numa explosão perto da entrada de um edifício, pouco depois das 05:00, hora local.

Os media estatais russos atribuíram a responsabilidade da explosão a um “engenho explosivo improvisado”. Vladimir Rogov, um funcionário da administração apoiada pela Rússia, classificou o ataque como um “ataque terrorista” da Ucrânia numa declaração no Telegram.

ZAP //

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