Rússia faz incursões no espaço aéreo da Coreia do Sul, que responde com envio de caças

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Dmitriy Pichugin / Wikimedia

Caças Micoyan & Gurevich MiG-31 da Força Aérea da Rússia

O Exército sul-coreano detetou, nesta terça-feira, a incursão na sua zona de identificação aérea de um avião russo, sem aviso prévio, ao que respondeu com o envio de caças, para “evitar possíveis acidentes”.

“Sobre a entrada de uma aeronave russa na zona de identificação aérea, os nossos militares tomaram as ações táticas necessárias, de forma a evitar possíveis acidentes”, disse o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, em comunicado.

As forças sul-coreanas não forneceram mais pormenores sobre o número de aeronaves envolvidas na operação, nem a hora exata em que o ataque ocorreu.

O incidente ocorreu no contexto de escalada de tensão entre Seul e Moscovo, sobre a decisão da Coreia do Sul de se juntar à pressão da comunidade internacional sobre a Rússia, como resposta à invasão da Ucrânia.

A Coreia do Sul tem levantado preocupações sobre incursões semelhantes na sua zona de identificação aérea por aviões russos e chineses, nos últimos meses.

A penetração nestas zonas aéreas não implica a violação do direito internacional, embora os aviões que realizem manobras deste tipo devam notificar as suas rotas, para evitar possíveis acidentes com outros voos comerciais ou militares.

Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram na segunda-feira os maiores exercícios militares conjuntos dos últimos cinco anos, interrompidos desde o encontro histórico entre o ex-Presidente norte-americano Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Essa pausa nos exercícios militares de Washington e Seul foi uma tentativa de persuadir Pyongyang a refrear o seu programa nuclear. Contudo, as reuniões entre Kim e Trump terminaram sem resultados.

Agora, tem sido a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo Jong, a rejeitar qualquer acordo apesar das promessas de ajuda económica do seu vizinho do sul.

Os exercícios, conhecidos como “Ulchi Freedom Shield”, deverão envolver milhares de militares e vão prolongar-se durante as próximas duas semanas.

Lusa //

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