Rui Rocha deixa sério aviso a Montenegro

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José Coelho / Lusa

Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal (IL)

 Rui Rocha criticou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por estar a preparar-se para a apresentar um “orçamento toranja: laranja por fora e rosa por dentro”.  O líder da Iniciativa Liberal ameaça “não viabilizar orçamentos que representem mais do mesmo”.

Em declarações aos jornalistas à entrada para o jantar que assinala a rentrée política do partido, em Quarteira, no Algarve, este sábado, Rui Rocha afirmou que “o discurso de Luís Montenegro na festa do Pontal, foi mais do mesmo”.

“Mais do mesmo” foi um expressão que o líder da Iniciativa Liberal (IL) voltaria a usar para aquilo que perspetiva que seja o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Sobre isso, Rui Rocha fez um aviso: “a IL não viabilizará orçamentos que representem mais do mesmo”.

Rui Rocha lembrou que a posição da IL “está totalmente em aberto” em relação ao Orçamento do Estado: “Não temos tempo em Portugal em insistir em soluções que não funcionem, nem em atrasar mais o país. Ou a AD apresenta um Orçamento que é fiel a essa ideia de mudança que as pessoas quiseram nas eleições ou nós não viabilizaremos, isso é claro”, afirmou.

Comparando a AD ao Partido Socialista (PS) e à governação de António Costa, Rocha disse que rejeitará “orçamentos toranja: laranja por fora e rosa por dentro”.

IL quer desagravamento fiscal para todos

Rocha criticou Montenegro, por não apresentar um Orçamento “com um desagravamento fiscal para todos”, num país em que a arrecadação fiscal cresceu a dois dígitos nos dois últimos anos.

“A arrecadação fiscal do Estado em 2022 e 2023 cresceu a dois dígitos e nem assim a Aliança Democrática (AD) consegue apresentar um Orçamento [do Estado] em que o desagravamento fiscal, seja um desagravamento para todos”, realçou o líder da IL.

Segundo o presidente da IL, as pessoas que ouviram o discurso de Montenegro há um ano, “aqui em Quarteira, em que prometeu baixar os impostos, essas pessoas com menos de 35 anos e que olham agora para as mãos não veem nada”.

Para Rui Rocha, “não existiram mudanças estruturais” do ponto de vista fiscal desde há um ano, e questiona o porquê de “o país estar agora numa deriva de punir [fiscalmente] quem tem mais de 35 anos”.

“Como é que essas pessoas poderão entender como é que não haja um esforço do Estado que permita aliviá-los a eles também. Que mal fizeram as pessoas com mais de 35 anos para serem punidas fiscalmente”, apontou.

ZAP // Lusa

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