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Da primeira classe da TAP para a prisão. Rui Pinto também está a ser investigado em Espanha

(dr)

O hacker Rui Pinto, alegado autor do blogue Football Leaks e do roubo dos emails do Benfica

Rui Pinto, o ‘hacker‘ português colaborador do Football Leaks, deverá ser, nesta sexta-feira, presente a um juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial em Lisboa, depois de ter sido extraditado da Hungria. Entretanto, também pode ter que enfrentar a justiça espanhola.

Rui Pinto foi extraditado pela justiça húngara na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), no âmbito de suspeitas de que acedeu aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports, e de que divulgou documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.

O ‘hacker‘ português está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa colectiva e outro de extorsão na forma tentada.

Entretanto, o colaborador do Football Leaks, como o próprio assumiu, estará também a ser investigado em Espanha por suspeitas de ter efectuado um ataque informático a vários clubes do principal campeonato do país vizinho.

A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias que refere que o Real Madrid terá sido um dos clubes visados. O diário refere que diversas equipas se queixaram por alegados acessos indevidos aos seus sistemas informáticos e pelo suposto roubo de e-mails.

Rui Pinto chegou na quinta-feira à tarde a Lisboa, num voo da TAP onde viajou em primeira classe. Do Aeroporto rumou ao estabelecimento prisional anexo ao edifício da Polícia Judiciária, na capital portuguesa, onde passou a noite.

Nesta sexta-feira, deverá ser ouvido por um juiz do Tribunal de Instrução Criminal no Campus da Justiça, no Parque das Nações. Ele poderá optar por falar ou remeter-se ao silêncio, e poderá ficar com a medida de coacção mais leve, o termo de identidade e residência, ou sujeito à medida mais gravosa, a prisão preventiva.

ZAP // Lusa

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