O ministro da Administração Interna alertou, esta quinta-feira, para aumento do risco de incêndio, a partir do fim-de-semana. Dois terços dos incêndios deste ano têm como causa a negligência no uso de fogo.
Durante uma visita à Serra do Montejunto, no concelho do Cadaval, distrito de Lisboa, José Luís Carneiro alertou para o aumento da temperatura e do risco de incêndio, a partir do fim-de-semana.
O ministro da Administração Interna advertiu que deve ser evitado o uso do fogo.
“Entre o dia 20 e o dia 25 de agosto, vamos ter temperaturas de novo muito quentes e momentos de seca extrema no país e, portanto, o apelo que faço é para que, mais uma vez, se procure evitar o uso do fogo, seja para uso doméstico, agrícola, florestal, seja no uso de máquinas agrícolas ou florestais”, disse José Luís Carneiro.
O governante alertou que cerca de dois terços dos incêndios deste ano têm como causa a negligência no uso de fogo.
“Estamos a falar no uso do fogo muitas vezes para convívios sociais, para fins domésticos, queima nomeadamente de resíduos, limpezas que são realizadas do ponto de vista da prática agrícola, limpezas florestais ou no uso de máquinas agrícolas e florestais”, esclareceu.
Apesar de se recusar a fazer balanços dos incêndios deste ano, José Luís Carneiro notou que “os portugueses têm vindo a ser mais responsáveis porque a prova está no facto de que há menos ignições este ano do que em 2022“.
“Na primeira semana de agosto ocorreram 120 incêndios, são muitos incêndios, mas tivemos anos em que os números foram superiores e isto é o resultado também da consciencialização coletiva para os deveres individuais e para os deveres coletivos, nomeadamente no cuidado com uso de fogo, máquinas agrícolas e máquinas florestais”, exemplificou.
Na Serra do Montejunto, o ministro da Administração Interna e a ministra da Defesa, Helena Carreiras, agradeceram e reconheceram o trabalho de cooperação das Forças Armadas no apoio à prevenção e combate aos incêndios.
Em 2022 foram empenhados 11.013 militares, 3.201 viaturas e 1.643 horas de voo em 3.149 missões, segundo dados disponibilizados pelos dois ministérios.
Desde o início deste ano, os números apontam para 2.353 militares, 451 viaturas e 509 horas de voo em 610 missões.
“Estamos a falar fundamentalmente do reforço do patrulhamento e da fiscalização com as Forças Armadas e com as forças da GNR, que têm permitido maior eficácia, nomeadamente na deteção dos incêndios”, sublinhou José Luís Carneiro.
O ministro adiantou também que existem mais de 200 patrulhas da GNR e outras 50 por outros elementos das Forças Armadas.
“A Guarda Nacional Republicana já fez mais de 50 detenções e está no encalço de mais de 700 identificações (de suspeitos de fogo posto) que foram feitas”, disse ainda José Luís Carneiro.
// Lusa
Talvez seja melhor desde já , mudar para “risco de incendiários en liberdade” en vez do simples (risco de incêndios) , bem sabemos como acontecem na grande maioria !