Há um riacho no Havai que cheira a cerveja. Tem 1,2% de teor alcoólico

(dr) Carroll Cox

Riacho no Havai contaminado com cerveja

Em outubro, um caminhante passeava perto da auto-estrada H-2 em Waipio, na ilha de Oahu, quando notou o cheiro avassalador a cerveja vindo de um pequeno riacho. Recentemente, as autoridades havaianas descobriram que contém 1,2% de álcool por volume. 

Quando reparou no cheiro a álcool que emanava do riacho, o caminhante entrou em contacto com Carroll Cox, um ativista ambiental e diretor da EnviroWatch, uma organização sem fins lucrativos.

“Houve um dia em que passámos por aqui e até parecia que estávamos num bar de cerveja”, contou Cox, citado pelo All That’s Interesting.

O Hawaii News Now decidiu realizar os seus próprios testes, utilizando um laboratório independente, e descobriu que a água do riacho contém 1,2% de teor alcoólico.

Além de poder ser um perigo para a vida marinha, o teor de álcool é tão forte que pode tornar-se potencialmente inflamável.

A contaminação deu-se através de uma entrada de esgoto. Um cano com ligação à Paradise Beverages, uma empresa distribuidora de bebidas alcoólicas, terá sofrido um derrame e contaminado o riacho.

Ainda assim, a Paradise Beverages, o Departamento de Saúde e o Departamento de Transportes do Havai continuam a investigar a fonte da contaminação.

“Podemos ser os responsáveis e é por isso que estamos trabalhar com as autoridades competentes”, disse Anthony Rowe, diretor de operações da Paradise Beverages, ao Hawaii News Now.

Além do teor de 1,2% de álcool, o Hawaii News Now também descobriu que o riacho contém 0,04% de açúcar.

Cox não ficou totalmente surpreendido com a poluição das correntes de água doce. Segundo o ativista, o problema é “comum” no Havai e está a prejudicar um ecossistema já fragilizado.

O aquecimento global faz com que a subida do nível da água do mar contamine as fontes de água doce do Havai com água salgada do Oceano Pacífico. De acordo com o ambientalista, este número decrescente de fontes de água doce irá inevitavelmente dificultar o acesso a água potável e alimentos em todo o estado no futuro, enquanto as tempestades causam erosão nas costas.

Liliana Malainho, ZAP //

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