Com convenção nacional, sem eleições primárias e acabar com “especulação, casos e casinhos”. Hugo Soares lidera as alterações.
O Partido Social Democrata (PSD) deverá ter novas regras, alterações importantes a partir de Julho de 2024.
A “revolução”, tal como classifica o jornal Observador, está a ser preparada por Hugo Soares e a ideia é, parcialmente, voltar às origens do partido.
O secretário-geral do PSD explica ao jornal que a direcção actual quer o regresso de confronto directo de ideias no momento de eleição de um líder.
Por isso, passará a haver uma convenção nacional antes das eleições directas (que se mantêm, excluindo a possibilidade de primárias), sempre que houver mais do que um candidato ao cargo.
Será o regresso a “um momento mediático na senda dos antigos congressos, com confronto de ideias”.
A direcção actual deverá também acabar com o requisito obrigatório de ter pagamento de quotas em dia para poder votar.
É uma forma de terminar com o pagamento em massas de quotas, que levantavam suspeitas de “inclinação” de militantes, poucos dias antes das eleições.
“É o compromisso de terminar de uma vez com toda especulação, casos e casinhos em torno do pagamento de quotas nas eleições”, explica Hugo Soares.
Outra proposta é introduzir quotas de género nas listas aos órgãos internos, com mínimo de 40% para cada género.
O calendário eleitoral passa a ser uniformizado para distritais, concelhias e núcleos.
Ainda relacionado com as eleições, outra novidade será o voto electrónico.
Também deverá ser criado um código de ética para dirigentes e representantes partidários – os casos Tutti-Frutti e Joaquim Pinto Moreira ainda estão frescos.
Uma alteração relevante – e que deve originar protestos internos – é a de a direcção poder escolher dois terços dos candidatos a deputados na larga maioria dos círculos eleitorais.
Hugo Soares?!
Ai PSD, PSD!…