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Revelada a causa de três meses de terramotos em Yellowstone

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Brocken Inaglory/ Wikimedia

Géiser no Parque NAcional de Yellowstone

A água pode ter sido a causa de uma longa série de terremotos sentidos no verão de 2017 no Parque Nacional de Yellowstone, Wyoming, nos Estados Unidos.

A possível causa é defendida pelo sismólogo David Shelley, do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), numa coluna semanal escrita por cientistas e colaboradores do Observatório Vulcanológico do Parque de Yellowstone.

Ao longo de três meses, mais de 2500 terramotos foram registados na área, um dos quais foi o exame sísmico mais longo da história de Yellowstone. A maioria dos terramotos foi de intensidade muito fraca, mas alguns chegaram a ser sentidos no parque, como é o caso do mais forte, de magnitude 4,4, sentido a 16 de junho de 2017.

A série de terremotos foi também capturada com mais detalhes do que qualquer outro grande enxame sentido em Yellowstone, nota Shelley na sua publicação.

De acordo com o sismólogo, os padrões desta cadeia de terramotos, especialmente a rápida migração e a falta de deformação da superfície próxima, sugerem que pode ter sido causada pela difusão da água através de gretas no subsolo da Terra, e não devido ao do movimento do magma, que pode também gerar enxames de terremotos em vulcões.

Para ao cientista, a água pode explicar parcialmente por que motivo estes enxames são tão longos. A sua duração é longa porque os enxames “expandem-se dramaticamente ao longo do tempo” e também porque as estruturas das falhas são “tão complexas”.

“Isto também pode explicar por que motivos estes enxames são comuns em áreas vulcânicas, onde a água é um subproduto libertado pelo magma mais profundo à medida que este arrefece”, explicou o cientistas.

Como esta água estão sob uma enorme pressão na crosta profunda, tende a mover-se para cima e, ocasionalmente, lateralmente. Ao interagir com rochas mais frias e quebradiças, esta água pode desencadear terramotos, acrescenta Shelley.

Por outro lado, estima o sismólogo, sem outros sinais de atividade vulcânica – como a rápida deformação da superfície ou mudanças nas emissões de gases -, os enxames sísmicos “não indicam, provavelmente, um risco crescente” de uma erupção.

ZAP // RT

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