O rosto de um guerreiro siberiano que viveu há mais de dois mil anos foi coberto com uma máscara de argila. Agora, o seu rosto foi restaurado e com isso descobriram-se pormenores importantes.
A 14 de setembro, a exposição sobre os “Scythians”, um antigo povo iraniano de pastores nómadas equestres, denominada “The Scynthians: Warriors of Ancient Siberia“, organizada em coordenação com o Museu do Hermitage, em São Petersburgo, foi inaugurada no British Museum, em Londres.
Uma das mais valiosas peças da exposição é a múmia de um Scythian de 2 mil anos que provavelmente terá sido enterrado ao lado da amada.
Até então, a cabeça mumificada do guerreiro estava coberta com uma máscara de argila, de modo que apenas eram percetíveis os traços faciais do antigo guerreiro. Mas, especialmente para a exposição de Londres, os investigadores do museu de São Petersburgo submeteram a múmia à análise de um tomógrafo para saber como era.
A exposição do Museu Britânico também exibe imagens digitalizadas do guerreiro Scythian.
Como avança o The Guardian, a tomografia computadorizada ajudou a estabelecer que o homem tinha dentes finos, um bigode vermelho e uma ferida que lhe cobria o rosto desde o olho até ao fim da mandíbula. Pelas marcas, percebia-se que a ferida tinha sido cuidadosamente curada.
Para além disso, foi encontrado no crânio um buraco por onde se extraiu o cérebro durante o processo de mumificação.
Os investigadores planeiam passar a scanner a cabeça da mulher que foi enterrada junto do guerreiro. O corpo da mulher foi encontrado ao lado do dele numa campa de madeira.
De acordo com os especialistas, a mulher não deve ter tido uma morte natural, já que numa das suas obras, o historiador Heródoto indicou que este povo tinha o hábito de matar as “namoradas” dos falecidos guerreiros para enterrá-los juntos, assim como com os criados e cavalos. A mulher será então provavelmente a noiva do guerreiro e terá sido forçada a despedir-se da vida por causa da morte de seu namorado.