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Requiem. Supernova irá fazer uma “reaparição fantasmagórica” em 2037

STSci / Steve A. Rodney / Gabriel Brammer

Supernova Requiem incorporada no aglomerado de galáxias MACS J0138

Uma supernova distante, chamada Requiem, vai fazer uma “reaparição fantasmagórica” em 2037. O Hubble captou-a três vezes em 2016, graças a um fenómeno conhecido como lente gravitacional.

A Requiem é o resultado de uma explosão estelar a cerca de 10 mil milhões de anos-luz de distância. Segundo o Space, foi visível para o Telescópio Espacial Hubble três vezes em 2016, graças a um fenómeno conhecido como lente gravitacional.

Este fenómeno ocorre na proximidade de corpos celestes super-massivos que têm a capacidade de dividir a luz, ampliando e distorcendo as imagens dos objetos que se encontram por trás deles.

No caso da Requiem, um aglomerado gigante de galáxias, chamado MACS J0138.0-2155, serviu como lupa e revelou a explosão estelar em três instantâneos diferentes baseados em três caminhos que a luz da supernova percorreu através do aglomerado.

Segundo os astrónomos, a supernova será novamente visível (embora não a olho nu) em 2037. A previsão baseia-se na modelação por computador da distribuição da matéria dentro do aglomerado, que se encontra a cerca de 4 mil milhões de anos-luz do nosso planeta.

O estudo, publicado no dia 13 de setembro na Nature Astronomy, apresenta, assim, uma ocasião única para estudar a Requiem e a própria expansão deo nosso Universo.

A observação da supernova surge “atrasada” mais de duas décadas em relação aos três avistamentos anteriores porque a luz que transporta a última imagem deve percorrer a parte central do aglomerado, que é também a mais densa devido à concentração de matéria escura.

Os três avistamentos anteriores foram descobertos por acaso em 2019 nos dados arquivados do Hubble, três anos após o observatório ter adquirido as imagens.

Liliana Malainho, ZAP //

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