A repetição do jogo entre Belenenses SAD e SL Benfica, que foi interrompido por número insuficiente de atletas dos caseiros, pode levar à impugnação da Liga.
O encontro entre a Belenenses SAD e o SL Benfica, no dia 27 de novembro, terminou aos 48 minutos, por os ‘azuis’ terem ficado sem o número mínimo de jogadores, depois de ter começado apenas com nove, devido a um surto de covid-19 no plantel.
À entrada para a segunda parte, antes de o jogo ser interrompido, a Belenenses SAD entrou em campo com apenas 7 jogadores, ao som de cânticos de “a Liga é uma vergonha” entoados pelos adeptos da equipa da casa. Os adeptos deram o mote para aquele que ficou conhecido como “o jogo da vergonha”.
A Assembleia-Geral (AG) da Liga discute hoje um novo artigo que define que uma equipa só pode jogar se tiver 13 jogadores — um deles guarda-redes. Se não for esse o caso, o jogo é imediatamente adiado. O objetivo é evitar que aconteça o mesmo que aconteceu no Jamor.
De acordo com o Correio da Manhã, esta alteração é consensual e deverá ser aprovada. No entanto, pode vir a gerar problemas para o lado da Liga Portugal.
Isto porque a Belenenses SAD vai apresentar um requerimento a pedir que a norma tenha efeitos retroativos. O clube quer repetir o encontro com as ‘águias’ e o seu requerimento conta com o apoio de Sporting CP e FC Porto.
O Benfica remete para o comunicado de dia 29 de novembro, em que sublinhou que “acatará as decisões que forem tomadas por parte das entidades competentes”. Assim, os ‘encarnados’ não se recusam a repetir o jogo, caso seja essa a decisão da Liga.
Contudo, o Benfica não acredita que o requerimento da Belenenses SAD seja aceite. Aliás, escreve o matutino, esta convicção é fundada em pareceres jurídicos que atestam a ilegalidade da proposta em causa. O artigo 141.º do Código do Procedimento Administrativo dita a proibição de eficácia retroativa.
Ora, caso a Liga Portugal decida, ainda assim, aprovar o requerimento da Belenenses SAD, isto pode despoletar uma polémica no campeonato português.
As equipas despromovidas no final da temporada podem aproveitar esta ilegalidade para impugnar o campeonato. Este é um cenário previsto na Luz, sabe o Correio da Manhã.