Rendeiro não está a ter tratamento preferencial na prisão nem tem uma cela individual, garante a advogada

Luís Miguel Fonseca / Lusa

O ex-banqueiro João Rendeiro no Tribunal de Verulam.

O ex-banqueiro João Rendeiro no Tribunal de Verulam.

Apesar de ter sido noticiado que Rendeiro tinha uma cela individual depois de ter sido ameaçado de morte na prisão, a advogada desmente essa ideia.

João Rendeiro está a partilhar a cela com outros reclusos que estão em prisão preventiva, avança June Marks ao Observador. A advogada também diz não saber com quantas pessoas o ex-banqueiro está a partilhar o espaço na prisão de Westville e recusa a noção de que Rendeiro esteja a ser privilegiado.

“Não existem celas privadas e não há celas especiais de isolamento”, reforça June Marks. Recorde-se que a 13 de dezembro, João Rendeiro foi presente a juiz pela primeira vez depois de ter sido detido dois dias antes e ficado na esquadra de Durban North, na África do Sul.

A detenção surgiu cerca de três meses depois de, em Setembro, João Rendeiro ter fugido de Portugal e não se apresentado para cumprir a pena de prisão de cinco anos e oito meses a que foi condenado num dos processos do caso BPP, não tendo já possibilidade de recurso.

Depois de alguns dias com a decisão das medidas de coação a ser adiada, tanto a pedido da defesa como devido a problemas técnicos no tribunal, logo no primeiro dia de sessão, Rendeiro foi transferido de Durban North para Westville, uma prisão sobrelotada e das mais violentas do país.

A defesa de Rendeiro pediu a mudança de prisão, alegando que o ex-banqueiro estava a ser ameaçado de morte. De acordo com a advogada, ao contrário do que foi noticiado, Rendeiro não está numa cela individual nem está a ser beneficiado de qualquer maneira.

Foi conhecida na sexta-feira a decisão das medidas de coação, tendo o juiz determinado que João Rendeiro ia ficar em prisão preventiva enquanto espera pela decisão sobre o processo de extradição devido ao risco de nova fuga e porque o arguido já tinha afirmado várias vezes que não ia voltar a Portugal. A defesa tinha pedido a libertação perante o pagamento de uma caução, mas isso foi negado.

Rendeiro tem agora um recurso para preparar à decisão de que fica em prisão preventiva até 10 de Janeiro – data em que começa o julgamento do pedido de extradição para Portugal.

ZAP //

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