Novos números das rendas: salário mínimo vai (quase) todo para a casa

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Renda mediana subiu 11,1% ao longo do segundo trimestre. Em Lisboa, uma renda de uma casa pequena quase esvazia todo o salário.

A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação aumentou 11,1% no segundo trimestre em termos homólogos, para 8,08 euros por metro quadrado, acelerando face à subida de 10,7% do trimestre anterior.

Segundo os dados provisórios das “Estatísticas de Rendas da Habitação ao Nível Local” publicadas nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em cadeia, face ao primeiro trimestre de 2024, a renda mediana aumentou 8,2%.

De abril a junho, o número de novos contratos de arrendamento foi maior do que o registado no mesmo trimestre de 2023 (20.750 novos contratos), representando um aumento da atividade de arrendamento de 6,9%.

Mariana Mortágua repetiu que devem ser impostos limites às rendas, impor uma moratória a novos hotéis e impedir a construção de novos hotéis em cidades que estão cheias de hotéis.

“Esta é a única possibilidade que nós temos para conseguir controlar a crise da habitação e trazer a habitação para preços que as pessoas possam pagar e que hoje são pura e simplesmente incomportáveis. São impossíveis para qualquer pessoa“, atirou a coordenadora do Bloco de Esquerda

“Vivemos num país em que as pessoas simplesmente não ganham para pagar uma casa. Uma pessoa que vive em Portugal não tem salário, nem para pagar uma renda, nem para pagar uma casa“, acrescentou Mortágua, enquanto apelava à participação na manifestação deste sábado organizada pela plataforma “Casa para viver”.

Mariana Mortágua também sublinhou que o valor das “novas rendas continua a aumentar nas principais cidades”, como Lisboa, Porto, Braga ou Évora.

As contas do Jornal de Notícias mostram que, precisamente em Lisboa e Porto, quem ganha o salário mínimo nacional (820 euros) não consegue arrendar uma casa de apenas 50m².

Os peritos financeiros defendem que a taxa de esforço deve ser no máximo 35%.

Num salário mínimo nacional, 35% representam 287 euros; mas uma casa de 50m² no Porto tem um preço mediano de 642 euros por mês e, em Lisboa, atinge os 800 euros.

Ou seja, uma renda mediana na capital – numa casa pequena – quase esvazia o salário mínimo nacional.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. O que aumenta os preços das rendas é a ilegal, criminosa, e inconstitucional “lei das rendas” elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, que liberalizou e desregulou as rendas dos imóveis fazendo com que estas atinjam valores que não correspondem à realidade.
    Basta revogar a chamada “lei das rendas” criada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e fazer cumprir a Lei que determina que os imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, e o valor dos arrendamentos volta ao normal.
    É preciso descongelar as rendas antigas de contratos anteriores a 1990 que foram congeladas pela “lei das rendas”, elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, que através deste esquema está a violar a Constituição da República (CRP), a promover a desigualdade e descriminação com inquilinos a pagarem rendas de valores exorbitantes que não correspondem à realidade e inquilinos a pagar rendas de valores muito baixos ou irrisórios que também não correspondem à realidade, tratando-se neste último caso de uma clara compra de votos através da “lei das rendas” que congela os valores dos arrendamentos nos contratos anteriores a 1990.

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