O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou na terça-feira que a relação entre Portugal e o Brasil “é sempre excecional”, antes de um encontro com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em Brasília.
À chegada ao Palácio Itamaraty, em Brasília, quando os jornalistas lhe perguntaram sobre o que esperava da reunião com Bolsonaro, respondeu: “São sempre boas, [a relação entre] Portugal e Brasil é sempre excecional”.
O chefe de Estado português escusou-se a fazer qualquer comentário sobre as Presidenciais brasileiras: “São duas coisas completamente separadas. Vim cá assinalar aquilo que é um facto histórico fundamental”.
Questionado diretamente sobre se a democracia brasileira tem problemas, Marcelo referiu: “Não vou falar das questões internas do Brasil”. Pelo meio, já tinha ensaiado outra fuga ao tema: “A visita não tem nada a ver com a vida interna dos países”.
Para justificar a sua presença no Brasil ao lado de Bolsonaro, Marcelo disse que seria “incompreensível que Portugal não estivesse representado ao mais alto nível num momento importante da história do Brasil e de Portugal”.
Para o Presidente há uma diferença entre “as questões do plano do Estado ou daquilo que é a vivência própria dos regimes políticos em cada momento”.
Marcelo disse ainda que seria uma “ironia do destino” que Presidentes de países como Cabo Verde ou Guiné Bissau estivessem presentes e “Portugal não estivesse representado ao mais alto nível”.
O encontro entre os dois chefes de Estado, que estava marcado para as 18:30 locais (22:30 em Lisboa) começou com cerca de uma hora de atraso.
Bolsonaro só chegou ao Palácio Itamaraty pelas 18:50 locais e antes de Marcelo recebeu os outros dois chefes de Estado de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa presentes para estas comemorações do 07 de setembro, Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau, e José Maria Neves, de Cabo Verde.
ZAP // Lusa
Tudo isto soa a uma certa nostalgia Colonialista , no discurso do P.R Português . Mas enfim, foi matar Saudades !