Houthis Al-Masirah Tv / EPA

É o primeiro ataque aos Houthis pelo Reino Unido desde a tomada de posse de Donald Trump. Starmer retoma assim as investidas contra o Iémen.
“Esta ação foi tomada em resposta a uma ameaça persistente dos Houthis à liberdade de navegação”. Foi o anúncio de John Healey, secretário da Defesa do Reino Unido, após o ataque na madrugada desta quarta feira sobre o Iémen.
Esta é a primeira vez que o Reino Unido se junta à campanha dos EUA contra o grupo rebelde Houthi desde a tomada de posse de Donald Trump, que já contou com mais de 800 ataques. Ao contrário da administração Trump, no entanto, o país governado por Keir Starmer ofereceu-se para fornecer explicações
“Uma queda de 55% na navegação através do Mar Vermelho já custou milhares de milhões, alimentando a instabilidade regional e pondo em risco a segurança económica das famílias no Reino Unido”, justificou já o departamento de Defesa do Reino Unido, citado pelo The Guardian.
Não houve ainda qualquer informação sobre os danos causados pelo ataque, realizado pelos caças Typhoon FGR4 da Royal Air Force, nem confirmação da existência de mortes. Os EUA negam o envolvimento do ataque.
Os Houthis são o último grupo militante do autodenominado “Eixo da Resistência” do Irão que ataca regularmente Israel. Têm atacado nos últimos anos os navios do ocidente que circulam no Mar Vermelho.
Já na administração Biden os Houthis foram alvo de ataques por parte dos EUA, a que se juntava o Reino Unido. No entanto, quando Trump tomou posse, passou a fazer sozinho os ataques —até agora. Recorde-se que a 18 de abril, um ataque americano ao porto de combustível de Ras Isa matou pelo menos 74 pessoas e feriu 171 outras.