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Reino Unido descarta usar a força para defender Gibraltar

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defenceimages / Flickr

O contra-torpedeiro HMS Dragon da Royal Navy, a marinha britânica, aproxima-se de Gibraltar

O contra-torpedeiro HMS Dragon da Royal Navy, a marinha britânica, aproxima-se de Gibraltar

O governo britânico descartou esta segunda um possível uso da força militar em Gibraltar para defender o território, informou um porta-voz da residência oficial no número 10 de Downing Street, como tinham sugerido algumas vozes conservadoras.

“Isso não vai acontecer”, indicou a fonte, após a polémica gerada ao serem reveladas as linhas negociadoras da União Europeia com Londres, que indicam que nenhum acordo entre as partes poderá ser aplicado em Gibraltar sem um prévio acordo entre o Reino Unido e a Espanha.

Por causa dessa linha de negociação, o antigo líder conservador Michael Howard sugeriu ontem que a primeira-ministra, Theresa May, seria tão firme com Gibraltar quanto Margaret Thatcher foi com as Ilhas Malvinas, ao enviar em 1982 uma força militar para defendê-las da Argentina.

“Tudo o que Lorde Howard estava a tentar estabelecer é a nossa determinação para proteger os direitos de Gibraltar e a sua soberania”, indicou o porta-voz de Downing Street.

Ontem, Howard declarou a jornalistas que “há 35 anos, esta semana, outra mulher primeira-ministra enviou uma força naval ao outro lado do mundo para defender a liberdade de outro pequeno grupo de britânicos contra outro território de língua hispânica”.

“Estou totalmente certo de que a nossa atual primeira-ministra vai mostrar a mesma resolução em defender o povo de Gibraltar”, afirmou.

Por um aparente “lapso” da primeira-ministra britânica, Gibraltar não foi mencionado na carta que May enviou a Bruxelas na quarta-feira passada para ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, dando início às negociações sobre os termos da retirada britânica do bloco europeu.

Em resposta a essa carta, a UE divulgou na sexta-feira as linhas de negociação, que indicam que nenhum acordo, uma vez que o Reino Unido abandone o bloco comunitário, poderá ser aplicado a Gibraltar se antes não existir um acordo entre os Executivos de Londres e Madrid.

Por conta das declarações de Howard, o presidente do Comité de Inteligência e Segurança do parlamento britânico, Dominic Grieve, qualificou hoje de “apocalíptico” sugerir que o Reino Unido estaria disposto a ir para a guerra para defender Gibraltar.

Gibraltar é um território britânico ultramarino desde 1713 e num referendo feito em 2002 rejeitou com 99% dos votos a possibilidade de uma soberania compartilhada com Espanha.

// EFE

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3 Comments

    • Era preciso o nosso presidente Marcelo ter tempo para isso, anda ocupado a dar abraços e beijinhos. 97% de popularidade exige muito abraço e beijinho

  1. Muito mais ilegal que Gibraltar, que é efectivamente britanica, é o caso do DISTRITO PORTUGUES de OLIVENÇA.
    Ocupado ilegalmente na Guerra das Laranjas, e mandado desocupar e até assinado por Espanha compromisso de desocupar por tratado internacional com supervisao e co-assinatura por varias nacoes europeias.
    So que nunca depois entregue por Espanha e foi andando e andando. DISTRITO PORTUGUES de OLIVENÇA foi é e será sempre territorio PORTUGUES até mesmo que actuais residentes não-queiram deixar de ser espanhois (problema deles pertencerem a uma equipa de ladroes e usurpadores desonestos). Sob este aspecto é para mim o mesmo que ter turistas estrangeiros maioritarios em determinado territorio nacional (em permanencia ou sazonalmente) e nao deixarem de ser estrangeiros (sejam lá donde forem).

    Quanto ao marcelinho, muito muito muito pior que o portas-das-feiras, o coitado tem sido uma desilusao permanente para aqueles que NUNCA SE VENDERAO nem sequer por um beijo um abraço ou um voto no papel. O marcelinho nem sequer tomates tem para falar nisso a um cão oliventino, quanto mais a dirigentes espanhois !.

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