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Regina Duarte inicia “período de testes” na Secretaria da Cultura do Brasil

(dr) Instagram

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, com a atriz Regina Duarte

A atriz brasileira afirmou, esta segunda-feira, que iniciou um “período de testes” na Secretaria Especial da Cultura, pasta que foi convidada a liderar após a exoneração de um governante que parafraseou um discurso nazi.

“Nós vamos ‘noivar’, vou ficar ‘noiva’, vou lá conhecer onde vou habitar, com quem vou conviver, quais são os ‘guarda-chuvas’ que abrigam a pasta, enfim, a família. Noivo, noivinho”, afirmou Regina Duarte ao jornal Folha de São Paulo acerca do período de testes que passará no Governo brasileiro, após se ter reunido hoje com o Presidente do país, Jair Bolsonaro.

“Quero que seja uma gestão para pacificar a relação da classe [cultural] com o Governo. Sou apoiante deste Executivo desde sempre e defendo a classe artística desde os 14 anos”, acrescentou a atriz, sem confirmar, porém, os contornos do que acordou com Bolsonaro.

“Tivemos uma excelente conversa sobre o futuro da cultura no Brasil. Iniciamos um ‘noivado’ que possivelmente trará frutos ao país“, escreveu o chefe de Estado no Twitter, partilhando ainda uma fotografia sua ao lado de Regina Duarte, no Rio de Janeiro.

O Palácio do Planalto informou hoje à imprensa local que a atriz se deslocará a Brasília, na próxima quarta-feira, para conhecer a Secretaria Especial da Cultura.

“Após conversa produtiva com o Presidente Jair Bolsonaro, Regina Duarte estará em Brasília na próxima quarta-feira, 22, para conhecer a Secretaria Especial da Cultura do Governo federal. ‘Estamos a noivar’, disse a artista após o encontro ocorrido nesta tarde no Rio de Janeiro”, disse o Planalto em comunicado.

Regina Duarte foi convidada para o cargo cultural na passada sexta-feira, no mesmo dia em que Roberto Alvim foi demitido por ter parafraseado partes de um discurso do ministro da Propaganda nazi, Joseph Goebbels, gerando uma onda de protestos.

O secretário agora demitido afirmou, na altura, que a questão não passava de “uma falácia da esquerda” sobre “uma coincidência retórica” entre as duas afirmações.

De acordo com a TSF, atores como José de Abreu e Gregório Duvivier, assim como o realizador Kleber Mendonça, a documentarista Débora Diniz e o escritor Paulo Coelho já criticaram a decisão da atriz nas redes sociais.

ZAP // Lusa

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