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Refugiados em Portugal: é preciso um “controlo muito grande”

José Sena Goulão / Lusa

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha

Reunião urgente entre Governo e parceiros sociais marcada para esta terça-feira. Há muitos cuidados a ter com os refugiados, avisam responsáveis.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social convocou uma reunião urgente para esta terça-feira, entre membros do Governo e parceiros sociais. A chegada de refugiados a Portugal será o assunto principal.

Muitas pessoas – ucranianos e de outras nacionalidades – que fogem da guerra na Ucrânia já chegaram e chegarão a Portugal ao longo das próximas semanas.

Já há mais de 13 mil ofertas de emprego para refugiados provenientes da Ucrânia e não faltam ofertas de casas ou de quartos para as pessoas que saíram do país do Leste europeu.

No entanto, é preciso cuidar das pessoas que chegam: “É muito importante que haja condições para recebê-los“, avisou a secretária-geral da CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.

Isabel Camarinha, em declarações à TSF, apelou a um controlo dos métodos e direitos de trabalho. E não só: “Isso implica haver também um controlo muito grande de que empregos vão ter, de questões salariais, de cumprimento da contratação colectiva. E inclusive, nestes casos, a própria garantia da habitação, porque também é uma questão que se vai colocar”.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, confirmou que a entidade está a apoiar o Governo no processo de contratação de refugiados.

Mais de 100 associações já se juntaram ao processo e a maioria das vagas disponíveis é para os cargos de motoristas de pesados, electricistas e profissões ligadas às novas tecnologias.

O preço dos combustíveis foi assunto abordado por Pedro Braz Teixeira. O director do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade afirmou, na mesma rádio, que “cabe ao Estado a função de estabilização da economia. E quando a economia está perante um choque adverso como o que estamos viver, é suposto o Estado contrariar”, completou.

O maior problema para a integração de refugiados da Ucrânia em Portugal não será, nem o emprego, nem a habitação, mas sim o transporte em segurança até solo luso.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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