Há refugiados em Portugal que ficam na rua, quando chegam

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Mais de 23 mil pedidos de protecção já foram concedidos em Portugal. Mas nem todos têm abrigo assegurado, quando entram em território luso.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras actualizou nesta segunda-feira o número de pedidos de protecção temporária, por parte de pessoas que fogem da guerra da Ucrânia: mais de 23 mil pedidos concedidos, em cerca de um mês de conflito.

São 23.419 pedidos concedidos a refugiados que, na sua maioria, têm sido integrados noutros países “sobretudo através das diásporas, das redes de amigos, das famílias”.

“Portanto, é natural que agora comece a haver uma maior sobrecarga para os serviços dos Estados“, analisou Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Administração Interna.

Patrícia Gaspar assegurou que não há registo de qualquer caso de tráfico de seres humanos em Portugal, entre os refugiados ucranianos.

A nível europeu, a responsável indicou que Bruxelas poderá disponibilizar um total de 17 biliões de euros para ajudar os refugiados: nas áreas de migrações, do mecanismo europeu de protecção civil.

A Comissão Europeia deverá disponibilizar uma plataforma única de registo dos refugiados em território europeu.

Refugiados “deixados”

O acolhimento de refugiados em Portugal tem sido positivo mas há relatos de famílias que chegam sem saber onde vão ficar a dormir.

A comunidade ortodoxa de Aveiro contou à rádio Renascença que vários refugiados têm chegado a Portugal em transportes particulares, mas sem alojamento garantido.

“Uma família em Alcobaça, uma família em Santa Maria da Feira e depois outras pessoas dispersas aqui e além que foram deixadas em vários locais”, afirmou o responsável local Alberto Teixeira.

Pelo menos 17 das 20 pessoas socorridas pela comunidade estavam na rua, sem apoio.

A “salvação” para estes refugiados foi que os próprios telefonaram a amigos ou conhecidos e assim têm um abrigo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

8 Comments

  1. É preciso estar muito desesperado para vir para Portugal. Tenho muita pena dos que aqui chegam e ficam na rua. Vão bater à porta da casa do xamuças.

  2. Dentro em breve irão para países que lhes possam dar melhores condições, onde tenham trabalho bem remunerado, como tem acontecido noutros casos.

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