À terceira não é de vez. Ninguém quis, esta quinta-feira, comprar o Sea Scan 1, detido pela Marinha Portuguesa em 2019 numa operação que apreendeu 2,5 toneladas de cocaína ao largo do cabo de S. Vicente.
Mais de 2,5 toneladas de cocaína, avaliada em cerca de 125 milhões de euros, foram encontradas por uma equipa do Destacamento de Ações Especiais da Marinha Portuguesa dentro do gigante Sea Scan 1, na madrugada de 30 de janeiro de 2019.
Os 11 tripulantes, que carregaram a droga no Suriname, tinham Portugal como destino, acabaram detidos a 300 quilómetros a sudoeste do cabo de S. Vicente e condenados a penas efetivas entre os seis e os dez anos de prisão.
Agora, a embarcação representa uma “dor de cabeça” para o Estado português, que há dois anos a tenta vender. Ninguém a quer.
O Gabinete de Administração de Bens (GAB) do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) tem tentado despachar a embarcação, que foi construída em 1985 e tem uma lotação máxima de 20 pessoas.
Em 2020 e 2022, duas tentativas apontaram para um valor base de 935 mil euros e um valor mínimo de adjudicação de 796 mil euros, sem sucesso.
Agora, esta quinta-feira, um novo leilão online não culminou na embarcação de 45 metros de comprimento, não passando dos 255.656,25 euros, segundo o Jornal Negócios. O fracasso voltou a repetir-se, mesmo com a descida do preço fixado para 430.312,50 euros, tendo como valor base 506.250,00 euros.
O barco não conseguem vender, mas de certeza que a cocaina conseguiram…