Família real britânica na varanda do Palácio de Buckingham , em Londres
A tradição, iniciada durante o reinado de Eduardo VII, serve para garantir que todos os membros da família comeram até se fartarem durantes as festividades.
Os protocolos caricatos da família real britânica são fonte de muito fascínio, desde a ordem em que os membros entram numa sala até às roupas que podem usar. Estas tradições estendem-se além das cerimónias públicas para a vida quotidiana da realeza — e uma das mais caricatas é a a prática de pesar os membros da família antes e depois do jantar de Natal.
Como muitas famílias, as celebrações de Natal da realeza giram em torno do consumo de grandes quantidades de comida. O dia de Natal consiste num almoço de peru assado, chá e bolos à tarde e outra refeição farta à noite.
Durante o reinado do rei Eduardo VII, trisavô do rei Carlos III, tornou-se tradicional que todos os que jantavam com a realeza no dia de Natal fossem pesados antes e depois da festa do dia para garantir que todos participaram generosamente na festa de Natal até ao ponto que isso ficasse evidente na balança.
A celebração do Natal de 2018 em Sandringham, com a presença da mãe de Meghan Markle, Doria, trouxe esta tradição para o centro das atenções. Os meios de comunicação especularam sobre a participação de Doria nesta cerimónia de pesagem, destacando as pressões únicas enfrentadas por aqueles que entram no círculo real, relata o Grunge.
As exigências da vida real nem sempre foram fáceis para os recém-chegados. As dificuldades da Princesa Diana são talvez as mais notáveis. O desconfortável relacionamento de Diana com as expectativas reais foi destacado no filme de 2021 “Spencer”, que retratou a sua aversão à tradição natalícia da pesagem. Os críticos argumentam que tais práticas, embora com boas intenções, podem ser insensíveis ou mesmo prejudiciais, considerando a luta de Diana contra a bulimia.
Estas tradições, sejam elas cerimoniais ou parte do protocolo diário, sublinham o mundo único da monarquia britânica. Enquanto algumas rituais têm sido questionados pela sua relevância ou sensibilidade nos tempos modernos, continuam a ser uma parte integral da identidade da família real.
