Rangel escusa-se a comentar calendário eleitoral e diz-se indisponível para “guerras de alecrim e manjerona”

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Hugo Delgado / Lusa

Rui Rio com Paulo Rangel

Candidato à liderança do PSD — , quiçá, a primeiro-ministro — já começou as ações no terreno, onde pretende dar a conhecer à população as suas ideias para o país.

Paulo Rangel já está na estrada. Seja para uma campanha eleitoral na frente partidária ou na frente nacional, o eurodeputado esteve na tarde de ontem na Feira da Castanha, em Sernancelhe, para uma das primeiras ações de contacto com a população. Confrontado pelos jornalistas com as mais recentes declarações de Rui Rio, que apelou a momentos de ponderação dentro do partido para se perceber se vale a pena “desatar aos tiros uns aos outros”, Rangel tratou de esclarecer que essa possibilidade “não faz sentido”.

Na sua opinião, o calendário não é um impedimento para que o PSD faça uma reflexão interna, defendendo que, mesmo com eleições diretas a 4 de dezembro, “há tempo perfeito para depois fazer as eleições legislativas”. Em última hipótese, o candidato considera que ser “mau que não vá um líder legitimado às eleições”.

“Mas isto é mau para quem? Para Portugal, porque a minha preocupação é criar um programa eleitoral que seja realista, que possa ser cumprido, que suba o nível e a qualidade de vida dos portugueses e não estamos aqui com guerras de alecrim e manjerona”, atirou para, de seguida, acrescentar que “quem quer fazer política partidária desse tipo, fica sozinho”.

Neste momento, o eurodeputado está apostado em redigir e apresentar “um programa eleitoral que esteja concentrado na ideia de mobilidade social, subir na vida, criar mais riqueza para poder combater a pobreza, distribuindo melhor os rendimentos resultantes dessa criação de riqueza”.

Na sua opinião, “se os militantes do PSD virem que há um programa para Portugal que é um programa com condições de vencer, de mudar a política socialista, um programa reformista, com certeza que vão aderir mais facilmente” à sua candidatura.

“Portanto, não há um divórcio, pelo contrário, há verdadeiramente uma convergência entre a candidatura às [eleições] internas e, se isso foi caso, a candidatura às eleições legislativas no tempo próprio”, sublinhou.

Rangel recusou-se a fazer comentários sobre as declarações feitas por Rui Rio sobre a data que o Presidente da República escolher para legislativas revelar se “quis dar uma ajuda” ao PSD “e, neste caso, mais a um candidato”. “Não vou comentar mais calendários das eleições legislativas”, afirmou, acrescentando que se trata de “uma competência exclusiva” do Presidente da República.

O eurodeputado disse que Marcelo Rebelo de Sousa “tratará do que tem de tratar” e de si “não ouvirão nenhum condicionamento, nem nenhuma referência a esse respeito”, avisando que não contem com ele para “estar com tricas, com insinuações”.

ZAP //

2 Comments

  1. Que peça rara saiu este advogado oportunista…
    O que o cheiro a poder faz… ainda há meses dizia exactamente o oposto do que diz hoje!…
    Que ideias para o país terá um advogado que faz negócios no seu escritório de advogados enquanto anda a parasitar pela Europa??

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