Diogo Gualter / Facebook

O evento “sprite” está associado a trovoadas e há poucas provas da sua existência — até há três décadas, acreditava-se que era um mito.
O fotógrafo Diogo Gualter “estava a filmar os relâmpagos no horizonte” e acabou por captar, na ilha da Madeira, em Boaventura, um fenómeno atmosférico raro.
Chama-se “sprite” e é também conhecido por ” relâmpago vermelho”. Acontece quando ocorrem determinadas trovoadas muito intensas. Ocorrem acima de uma nuvem de tempestade e podem ter um tamanho enorme, muitas vezes até 48 km de diâmetro, segundo explica a Space.
Este evento só entrou no domínio científico na década de 1950, mas apenas com registos descritivos. Até 1989, acreditava-se até que poderia ser um mito, uma vez que não existiam registo fotográficos dos “sprite” (que podem também ocorrer noutros planetas).
Só nesse ano este fenómeno foi capturado por caso, quando uma equipa da Universidade do Minnesota registou um clarão ascendente no topo das nuvens enquanto testava uma câmara de televisão com pouca luz.
Como se trata de um evento raro, a NASA lançou recentemente o projeto Spritacular, que convida fotógrafos de todo o mundo atentar capturar este fenómeno, que dura apenas cerca de 10 milissegundos, por forma a existirem mais registos.
Os Eventos Luminosos Transitórios (TLEs) são flashes coloridos, brilhantes e mais rápidos que um relâmpago que as tempestades geram acima das nuvens.
“Os TLEs podem assumir uma variedade de formas fantasiosas com nomes igualmente fantasiosos. Os TLEs mais frequentemente observados são chamados de ‘sprites’, como as fadas enigmáticas e brincalhonas do folclore”, escreve a NASA na página do projeto, que já conta com 309 observações realizadas em 18 países.