O cantor norte-americano, acusado em fevereiro de abuso de menores, foi detido esta quinta-feira em Chicago na sequência de 13 novas acusações.
“As acusações incluem pornografia infantil, sedução de uma menor e obstrução à justiça”, disse a porta-voz do Ministério Público, Joseph Fitzpatrick, acrescentando que mais detalhes seriam revelados durante o dia de hoje.
As acusações contra o cantor norte-americano foram proferidas num tribunal federal do distrito norte de Illinois.
É a segunda vez este ano que R. Kelly é detido sob acusações de crimes sexuais. Em fevereiro, foi formalmente acusado de dez crimes de abuso sexual agravado envolvendo quatro vítimas, três das quais menores à data dos acontecimentos. À época, o artista declarou-se inocente e foi libertado sob fiança.
Em 2017, o cantor, de 52 anos, também foi acusado de ter abusado física, psicológica e sexualmente várias mulheres. O caso foi denunciado pelos pais de duas jovens cantoras que dizem que o artista estava a sequestrar as filhas numa “seita” orientada com o objetivo de o servir sexualmente.
A polícia norte-americana investigou a reclamação, mas concluiu que as alegadas vítimas diziam estar apaixonadas por R. Kelly e, sendo adultas, não pôde intervir no caso.
Uma fonte contou, na altura, que as raparigas não estavam autorizadas a usar o telemóvel ou a manter contacto com as famílias. R. Kelly, de acordo com a acusação, decidia todos os aspetos das suas vidas, desde o seu sono até às relações sexuais.
Na infância, o artista, que ficou famoso pelo sucesso do single “I believe I can fly”, foi vítima de abuso sexual. Aos 27 anos, casou-se com Aaliyah, uma cantora de apenas 15 anos que falsificou a sua idade, assegurando que tinha 18.
ZAP // Lusa