Uma equipa de cientistas descobriu que a experimentação de diferentes vaporizadores pode ser crucial para ajudar as pessoas a deixar de fumar.
Segundo o EurekAlert!, as pessoas que fumam e têm pouca experiência com vaporizadores foram recetivas a um novo tratamento em contexto médico.
A Universidade de East Anglia, em Inglaterra, foi pioneira num estudo que concluiu que a distribuição gratuita de pacotes de cigarros eletrónicos nos serviços de urgência dos hospitais a pessoas que fumam, ajudou uma em cada quatro pessoas a deixar de o fazer.
Num novo estudo, publicado esta terça-feira no Addiction, os investigadores analisaram as diferentes formas como as pessoas passaram do tabagismo para a vaporização depois de receberem a intervenção de cessação com cigarros eletrónicos.
O ensaio foi realizado com 1010 adultos fumadores, tendo 505 pessoas recebido os vaporizadores gratuitos.
Mais de metade dos participantes que a equipa conseguiu contactar 6 meses após a sua visita ao serviço de urgência tinham deixado de fumar ou reduzido o consumo de tabaco e um terço dos que deixaram de fumar não estavam a vaporizar.
Apenas os participantes na intervenção que responderam aos seis meses de acompanhamento foram incluídos na análise deste estudo, o que resultou numa amostra de inquérito de 366 participantes.
Cerca de 24 participantes participaram em entrevistas como parte da avaliação do ensaio e foram selecionados para representar os dados demográficos da amostra do estudo principal.
“Os resultados sugerem que mais de um terço dos fumadores que deixarem de fumar, a quem um profissional de saúde deu um vaporizador para os ajudar a deixar de fumar, passaram a experimentar diferentes dispositivos comprados em lojas”, diz a primeira autora do estudo, Emma Ward.
Esta investigação demonstra múltiplos caminhos para deixar de fumar, mostrando que cada pessoa beneficia de forma diferente dos tratamentos.
“Algumas pessoas deixaram de fumar na sequência da intervenção sem utilização prolongada de cigarros eletrónicos, enquanto outras beneficiaram de uma utilização a longo prazo para evitar um recaída do tabagismo”, concluem os autores do estudo.
“As pessoas com menos experiência com o vaping são recetivas a receber apoio num contexto médico”.