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Quem já teve covid-19 pode ficar com anticorpos para a vida toda

Rungroj Yongrit / EPA

Um novo estudo revela que quem já teve covid-19 pode ficar com anticorpos durante meses ou até mesmo para o resto da vida.

Quem já esteve infetado com covid-19 pode ter criado anticorpos para a vida toda, revela um novo estudo de investigadores da Universidade de Washington, publicado na revista científica Nature.

Os investigadores detetaram células protetoras na medula óssea e que permanecem durante meses no organismo — ou até mesmo para sempre — em pessoas que recuperaram da doença.

O nível de anticorpos em pessoas infetadas começa a diminuir após quatro meses, mas a redução é mais lenta e essas moléculas ainda estão presentes no sangue onze meses após a infeção. Este estudo foi o primeiro a analisar a presença de células plasmáticas de longa vida na medula óssea, escreve a RTP.

Se o vírus reaparecer, as células imunes regressam à corrente sanguínea e começam novamente a produzir anticorpos.

“As células plasmáticas podem durar a vida inteira. Essas células vão continuar e produzir anticorpos para sempre”, sugere o autor principal do estudo, Ali Ellebedy, em declarações ao jornal espanhol El País.

“Estas células continuarão a produzir anticorpos eternamente”, acrescenta o imunologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

Esta é uma boa notícia para a imunidade de longa duração e para as vacinas, em especial as que utilizam a tecnologia de mRNA — que também foram capazes de produzir este tipo de células —, como a da Pfizer e da Moderna.

Todavia, as variantes do SARS-CoV-2 podem alterar a resposta natural do organismo e atenuar os efeitos protetores dos anticorpos ao longo dos anos.

A presença de anticorpos nem sempre significa que a pessoa está “imune” a reinfeção, embora seja provável que isso aconteça.

Daniel Costa, ZAP //

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